“Toda vez que saio de perto da minha filha ela começa a chorar. É só eu me afastar e ir para outro cômodo da casa, por exemplo, que fica desesperada… Não sei mais o que fazer”
Marluane Quines, 30, mãe de Isabel, 8 meses
Comunicação é tudo
Desde que minha filha era bem pequena, antes de me afastar, eu olhava nos olhos dela e dizia: “A mamãe vai ali e volta logo”. Com o tempo, ela entendeu que eu ia, mas voltava. Isso nos ajudou muito, criamos esse hábito e o mantemos até hoje.
Lilian Ruppe, mãe de Giulia, 3 anos
Transmitindo segurança
Isso está acontecendo com a minha filha caçula. Tento incentivá-la a ficar com o pai e se distrair com ele. Acho importante ela entender que o pai também é um porto seguro.
Carolina Fontes, mãe de Gabriel, 11 anos, Felipe, 5, e Helena, 1
Sempre por perto
Quando estou em casa e preciso me afastar, indo para outro cômodo, continuo mantendo contato com a minha filha, cantando uma canção à distância, por exemplo. Mesmo que ela não goste da separação e resmungue, não fica desesperada.
Wislayne Silva Soares Figueiredo, mãe de Clara, 1 ano
Cheiro de mãe
Uma dica é, quando sair, deixar uma peça de roupa sua perto do bebê. As crianças se acalmam quando sentem o cheirinho da mãe... Por aqui ajudava muito!
Katiely Michielin, mãe de Eloise, 9 anos
- Palavra de especialista
COMPREENSÃO E PACIÊNCIA
É nessa fase, a partir dos 8 meses, que o bebê começa a conquistar mais independência e a se enxergar como um indivíduo separado da mãe. Por isso, é natural e esperado que ele fique inseguro e nervoso quando se vê sozinho, mesmo que só por alguns instantes. Esse comportamento faz parte do desenvolvimento infantil e se resolve com o tempo. Entre fases mais tranquilas e outras nem tanto assim, costuma passar até os 2 anos. Enquanto isso, existem algumas medidas que você pode adotar para contornar a situação.
A despedida é necessária e a criança precisa, aos poucos, aprender a lidar com ela. Brincadeiras de esconde-esconde são uma boa, pois mostram que uma pessoa estar fora de vista não significa que ela se foi para sempre. Ao se afastar, se despeça, diga aonde vai e, na volta, avise que chegou. Se o choro vier, o melhor a fazer é acolher seu filho, abraçá-lo e dizer que está ali para protegê-lo. É um exercício de repetição e de paciência, de tentativa e erro. E lembre-se: você estar calmo e tranquilo para conduzir a situação é fundamental para que seu filho também encare esses pequenos momentos de separação com mais leveza.
Jaqueline Belmudes, psicóloga parental e perinatal (SP)
from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Educacao-Comportamento/noticia/2021/12/o-que-fazer-quando-meu-filho-chora-quando-nao-estou-por-perto.html