Nesta quarta-feira (15), o Instituto Butantan protocolou na Anvisa um novo pedido solicitando a autorização para o uso da vacina CoronaVac em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos. Esta é a segunda vez que o laboratório requisita a indicação do imunizante contra a covid-19 para essa faixa etária. O primeiro pedido apresentado em julho foi avaliado pela agência e negado por causa da limitação de dados dos estudos apresentados naquele momento.
O prazo de avaliação da Anvisa para esta nova solicitação é de até 30 dias. A CoronaVac está autorizada para uso emergencial no Brasil para pessoas com 18 anos de idade ou mais, desde o dia 17 de janeiro de 2021.
Segundo a agência, para realizar a ampliação do uso da vacina e incluir novos públicos na bula, o laboratório precisa conduzir estudos que demonstrem a relação de segurança e eficácia para determinada faixa etária. Esses estudos podem ser conduzidos no Brasil ou em outros países.
Na última semana, durante o CoronaVac Symposium, Jiayi Wang, gerente e especialista em farmacovigilância da Sinovac - fabricante da CoronaVac em parceria com o Instituto Butantan - apontou que, até o momento, não foram identificados riscos de miocardite, miopericardite e eventos tromboticos relacionados à CoronaVac.
Durante o evento, Wang também apresentou um estudo chinês em que mostra que na população acima de 3 anos, a incidência geral de eventos adversos foi de cerca de 20% a 30%, sendo que nenhuma reação adversa grave foi observada. Os principais sintomas de efeitos colaterais foram dor no local da injeção e febre (cerca de 3% a 5% das pessoas).
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