O juiz Richard Dollinger, do condado de Monroe, em Nova York (EUA), decidiu que uma menina de 11 anos deve receber o imunizante contra a covid-19, mesmo sob a contrariedade do seu pai. O caso foi parar na Justiça porque a mãe da criança acreditava que ela deveria ser vacinada.
De acordo com informações do Daily Mail, a mãe, a advogada Jeannie Figer, e o pai, o professor e cientista Donald Figer, estão divorciados desde 2012. O ex-casal tem mais dois filhos, de 17 e 19 anos, e ambos já receberam o imunizante. Apesar de também já ter se vacinado, Donald argumentou que a decisão de vacinar a mais nova não deveria ser “precipitada”, já que “não há estudos sobre os efeitos colaterais de longo prazo da vacina em crianças”, segundo ele.
No entanto, o juiz tomou uma decisão favorável a Jeannie: ele acredita que não há porque esperar ainda mais para vacinar a criança. “Esperar para ter certeza, como sugere o pai, é simplesmente insustentável. O espectro de uma doença mortal ou incapacitante está girando no ambiente ao redor desta jovem. Os cientistas podem nunca alcançar este vírus e variantes em constante evolução”, avaliou Dollinger.
O juiz observou, ainda, que o condado de Monroe (onde a família mora) tem a segunda maior média do país de novos casos de covid-19. Ele acrescentou que ficou “confuso” com o fato de “um cientista e professor talentoso se opor a uma vacina autorizada para crianças pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA e universalmente incentivada por médicos e outras autoridades de saúde”.
Dollinger afirmou também que os riscos relacionados à vacina são “muito menores” do que os de contrair covid-19, incluindo a propagação para outras pessoas. “Pode levar anos antes que qualquer pesquisador tenha relatos exatos sobre as consequências de curto ou longo prazo da administração desta vacina em meninas de 11 anos com a constituição fisiológica dessa criança”, ponderou. Foi determinado, portanto, que a menina receba o imunizante “o mais rápido possível”.
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