Thursday, September 16, 2021

Mais de 20 mil adolescentes foram vacinados com imunizantes não autorizados pela Anvisa, aponta registro do Ministério da Saúde

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O Ministério da Saúde, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (16/9), divulgou dados da vacinação dos adolescentes contra a covid-19 no país. E um dos dados que chamou a atenção é que em torno de 20 mil jovens de 12 a 17 anos foram vacinados com imunizantes não aprovados pela Anvisa. A Agência reguladora só autorizou o uso da vacina da Pfizer nessa faixa etária."Mães não levem crianças para tomar vacina que não tenha autorização da Anvisa", apelou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. 

O ministro também criticou a antecipação da vacinação dos jovens sem comorbidades em alguns estados. De acordo com ele, a recomendação era iniciar a vacinação desse grupo a partir do 15 de setembro. No entanto, no total, mais de 3,5 milhões de adolescentes já foram vacinados. Segundo o órgão, o estado que mais aplicou o imunizante em jovens foi São Paulo, com 1,35 milhão doses, seguido do Rio de Janeiro com mais de 384 mil doses.

Número de vacinados com dose única ou primeira dose (Foto: Reprodução YouTube)

 

Segundo Rosana Leite, secretária extraordinária de enfrentamento à covid-19 do Ministério da Saúde, a pasta não enviou doses do imunizantes para o público de adolescentes. "As doses de imunizantes que mandamos para todos os estados e municípios sempre foram para maiores de 18 anos", disse a médica. 

Adolescentes começarão a ser vacinados em SP a partir desta quarta-feira (18) (Foto: Pexels)

 

O Ministério da Saúde também divulgou os números de adolescentes com duas doses, sendo um total de 19.315 pessoas. Além disso, nove adolescentes que foram vacinados com três doses. A entidade afirmou que irá investigar todos esses casos. 

Com relação aos eventos adversos, O Ministério da Saúde relatou 1.545 eventos (não previstos em bula), sendo que 1.378 foram por erro de imunização. Só no estado de São Paulo foram 26 efeitos adversos não graves e 7 graves. Desses casos graves, há uma investigação de um suposto óbito relacionado à vacina da Pfizer de um adolescente de 16 anos. No entanto, não se sabe se o pacientes teve outras comorbidades. Durante a coletiva, o Ministro Queiroga também voltou a reforçar que estados e municípios devem seguir as orientações do Programa Nacional de Imunização. "Não apliquem outros imunizantes além do que está autorizado". 

Segundo o ministro, boa parte dos eventos adversos sem ser graves aconteceram devido ao erro de vacinação, por isso o Ministério da Saúde vai acompanhar esses casos, até mesmo por busca ativa, e pedir aos Secretários Municipais que autorizaram essas imunizações acompanharem de perto esse grupo. 

O ministro ressalta que apenas quando tiverem evidência científicas concretas a volta da vacinação de adolescentes sem comorbidades pode ser reconsiderada. "Se amanhã surgir uma evidência contundente mostrando o benefício, muda amanhã".  

O que adolescente vacinado com a primeira dose deve fazer?

 

No caso dos adolescentes com comorbidades ou privados de liberdade que tomaram a vacina da Pfizes, eles podem completar seu esquema vacinal com a segunda dose da Pfizer. "Os jovens com comorbidades que não tomaram a vacina da Pfizer param por aí. Não vou autorizar a intercambialidade", disse o Ministro da Saúde. 

Já os adolescentes sem comorbidades, independente da vacina, não devem tomar a segunda dose nesse momento. Quanto aos jovens imunizados com outras vacinas, o Ministério da Saúde irá acompanhar os casos. 

Dados da vacinação dos adolescentes (Foto: Reprodução YouTube )

 

 

 

 



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