Thursday, May 13, 2021

Sem conseguir chegar ao hospital a tempo, mulher tem parto pélvico em estacionamento

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A americana Jami Nelson, mãe de quatro filhos, incluindo Owen, 1 mês, reencontrou nesta quarta-feira (12) os paramédicos que a ajudaram durante o parto-relâmpago e pélvico do caçula. No dia 18 de abril deste ano, Jami e o marido Donnie decidiram ir ao hospital quando ela começou a sentir dores. Durante o trajeto, o ritmo das contrações aumentou rapidamente e eles perceberam que não haveria tempo de chegar ao destino.

Jami, o pequeno Owen e o paramédico Evans (Foto: Reprodução Facebook)

 

“Eu sabia que o meu bebê não estava de cabeça para baixo, na posição que é mais indicada para o parto normal, então estava muito preocupada”, disse Jami ao SSN News. “Por mais que eu tentasse me controlar, sentia um impulso muito forte para empurrar o bebê”.

Notando a dificuldade da mulher, Donnie parou o carro em um estacionamento e chamou uma ambulância, que chegou em poucos minutos. “Quando vi a mãe, não havia dúvida de que o bebê estava chegando", disse o paramédico Jason Evans, que atendeu a ocorrência. “Estava tudo indo bem até que o primeiro pé saiu. Estamos sempre tranquilos, calmos e controlados por fora, mas por dentro, minha frequência cardíaca era provavelmente de cerca de 150 batimentos por minuto naquele ponto”.

Felizmente, deu tudo certo e Owen, apesar da posição pélvica, nasceu saudável e chorou logo após o parto. “É incrível porque, muitas vezes, nesta profissão, lidamos com experiências de fim de vida, eventos trágicos e vemos isso com muita frequência", disse Evans. "Mas não há nada melhor do que ajudar a trazer uma vida ao mundo, é absolutamente maravilhoso."

O reencontro entre Jami, Owen e Evans, foi promovido pela equipe do serviço de emergência do Condado de Manatee, Estados Unidos, e compartilhado nas redes sociais.

Parto pélvico

A posição cefálica, em que o bebê fica com a cabeça para baixo dentro do útero, é a mais segura para o parto normal. Um dos motivos para isso, segundo o ginecologista e obstetra Renato Augusto Moreira de Sá, presidente da Comissão Nacional Especializada em Medicina Fetal da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), é que quando o bebê está virado para baixo, a dificuldade do parto é decrescente. “A cabeça tem o maior diâmetro quando comparada às outras partes do corpo e, depois que ela sai, o resto é mais fácil”, explica. “No parto normal, o ideal é que o queixo esteja bem próximo ao peito para diminuir essa medida. Se o bebê estiver sentado, um dos problemas é que, pelo próprio sentido do movimento das contrações, existe mais chance de o queixo apontar para cima, e isso pode fazer com que a cabeça ‘entale’, mesmo depois de o corpo inteiro sair.”

Owen com os paramédicos logo após o parto (Foto: Arquivo pessoal)

 



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