Thursday, February 4, 2021

Desabafo: "Sei que parece horrível, mas eu realmente não gosto das pessoas que meus filhos se tornaram", diz mãe

Como acolher a criança em um ataque de birra? (Foto: Getty Images)

 

Uma mãe australiana movimentou um fórum online após admitir que não gostava de seus filhos, de 10, 12 e 5 anos. Ela relata que as crianças são rudes, desrespeitosas e bagunceiras. "Eu realmente não gosto dos meus filhos. Eles não me ouvem e sempre estão gritando e brigando uns com os outros", postou a mãe. 

Segundo a australiana, as crianças gritam com ela e, algumas vezes, a chamam de inútil. "Por exemplo, minha filha de 12 anos estava no banheiro tentando arrumar o cabelo, em vez de pedir minha ajuda, ela começou a gritar e berrar. Quando eu pergunto o que há de errado, ela me diz que eu não me importo com ela e que sou inútil". 

A mãe também reclama que os filhos tentam descontar suas frustrações nela. "'Meu filho está com o iPad e a internet é lenta e ele começa a falar sobre isso comigo como se eu controlasse a internet. Ela diz que seu filho de 5 anos também está começando a copiar o comportamento dos mais velhos, mas ainda sim é mais fácil de ser controlado. "Eu sei que parece horrível, mas eu realmente não gosto das pessoas que meus filhos se tornaram", finaliza. 

No fórum, a mãe ganhou apoio de algumas pessoas. "Você tem toda a minha empatia. Eu também tenho crianças de 12 anos que pensam que sabem o que fazer, são rudes, desrespeitosas e simplesmente horríveis comigo. Então, alguns dias eu acho difícil até gostar de amá-los".  Outra pessoa aconselhou a mãe a seguir com a terapia. "Foi a melhor coisa que fizemos como família. Deu ao meu filho uma saída para falar livremente". 

Mas nem todo mundo ficou do lado da mãe. Alguns disseram que ela precisava fazer um trabalho melhor como mãe se quiser filhos bem comportados. "Para mim, parece que eles podem sentir que você não gosta deles, é por isso que estão culpando você por coisas que estão fora de seu controle', disse uma mãe.

Confira 4 maneiras de reagir quando seu filho tem um ataque de birra:

1. Tente contornar a situação enquanto é tempo
"Costumo comparar a birra ao leite fervendo no fogão. Quando a gente para de olhar por um segundo, ele sobe e transborda, sujando tudo. Não adianta nem desligar o fogo, quando ele já está subindo, porque não vai parar", diz a psicóloga Rita Calegari (SP). Geralmente, a criança vai se irritando e, se você estiver ali, prestando atenção, vai perceber que ela pode ter um ataque de birra a qualquer minuto. Aí, dá para tentar mudar o foco, chamando atenção para outra brincadeira ou situação, antes que exploda. Também é importante os pais ficarem atentos a quando a criança começa a sentir fome ou sono, porque essas necessidades não atendidas também podem deixar os pequenos irritados e mais propensos a uma erupção. Mas é comum, assim como acontece com o leite, que as crises venham bem quando estamos preparando o jantar ou respondendo a um e-mail importante do trabalho. Nesse caso, siga para a próxima dica...


2. Espere
Quando a criança já está tendo um ataque de birra, não vai adiantar gritar, brigar, argumentar, tentar negociar, fazer chantagem... "Nesse momento, a escuta e a razão simplesmente não funcionam, então é um desgaste desnecessário", explica a psicóloga. O jeito é respirar, esperar passar e só depois conversar com a criança sobre aquilo, com tranquilidade, mostrando que há outras maneiras de lidar com a frustração e a raiva (veja a próxima dica). A conversa pode acontecer até um dia depois, não há necessidade de ter pressa. O importante é ajudar seu filho a entender o que ele está sentindo.

3. Você não tem a solução para tudo
Aceite, também, que você não é perfeito. "Carregamos aquele peso de que pai e mãe têm que ter solução para tudo e não é assim", diz Rita. Uma solução é dizer algo como: "Filho, você está com raiva? Ou frustrado? Quando eu me sinto assim, geralmente, é porque estou com raiva, mas acho que jogar seus brinquedos e quebrá-los não é um jeito legal de resolver. Vamos pensar juntos em como a gente pode melhorar isso?".

4. Acolha e valorize
Quando a criança tem uma crise emocional, acolha e valorize. Evite frases como "Não precisa chorar ou "Não é nada" ou então "Já passou". Com isso, a criança compreende que você quer apenas abreviar o problema e não está se conectando para entender como ela se sente. "Ouvir" enquanto você mexe no celular também passa a mesma mensagem. Olhe nos olhos, se conecte. Assim, ela entenderá que você está ali, presente. Isso também ajuda seu filho a entender que pode procurar e contar com você quando estiver com alguma questão e quiser conversar. Abre caminho para que continue assim lá na frente, na adolescência. A escuta começa na infância.

 



from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Educacao-Comportamento/noticia/2021/02/desabafo-sei-que-parece-horrivel-mas-eu-realmente-nao-gosto-das-pessoas-que-meus-filhos-se-tornaram-diz-mae.html

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