Jenson Smith, um bebê de 19 meses, conseguiu abrir a porta do banheiro e entrar na banheira, que estava sendo enchida com água quente, sem que seus pais notassem. Foi o irmão mais velho, Teddy, na época com 3 anos, que avisou à mãe, gritando: "Jenson, água quente, Jenson, água quente". Os pais entenderam imediatamente e saíram correndo para tirar o pequeno da banheira, mas 94% de seu corpo tinha sido queimado. Segundo a mãe, Jessica Leigh Cox, 29, ao retirar o filho da água, a pele dele toda caiu no chão. O acidente aconteceu em fevereiro do ano passado, na Inglaterra, onde a família vive. Desde então, Jenson já passou por 50 cirurgias - a última, na semana passada.
Ao retirar o filho da água e se desesperar ao ver a pele dele inteira caída, a mãe o colocou em um tanque e chamou uma ambulância. Ele foi levado de helicóptero a um hospital em Birmingham, especializado em queimaduras, onde uma equipe de cerca de 30 pessoas o aguardava. Com queimaduras severas de terceiro e até quarto grau por todo o corpo, o menino tinha apenas 3% de chances de sobreviver, segundo os médicos. Parte do intestino de Jenson parou de funcionar e teve de ser retirada, devido ao choque.
Por um milagre, de acordo com os médicos, o menino foi sobrevivendo às cirurgias e aos cuidados. Depois de passar seis meses no hospital, sendo cinco semanas na UTI, sob cuidados intenstivos, o garoto pode ir para casa em julho do ano passado, mas retorna periodicamente para mais cirurgias.
"Estávamos tão focados nas escadas, nas portas, nas janelas - tem sempre alguma coisa em que a gente não pensa e a temperatura da banheira foi um delas, então, acho que muitas pessoas devem se esquecer disso", disse Jessica, que é mãe de outros dois meninos, Jaxon, irmão gêmeo de Jenson, e Teddy, um ano mais velho que os gêmeos. "Eu preferia tomar um banho gelado do que ter que passar por isso de novo", disse a mãe.
"Eu não sabia que a água poderia fazer isso com uma pessoa - quando ele estava no hospital com seus dedinhos pretos, era como se tivessem sido queimados com fogo", completou."Deve ter sido uma coisa de três minutos. Os meninos estavam na sala e eu ia encher a banheira para tomar um banho.
Mesmo diante de todas as dificuldades, a mãe conta que o menino estava sempre sorrindo. "Ele é um garotinho tão forte - nada parece deixá-lo para baixo".
Jessica disse que agora conversa com outros pais para tentar alertá-los sobre os perigos e também sobre a possibilidade de as crianças sofrerem traumas em órgãos internos, como aconteceu com o intestino de Jenson.
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