Algumas farmacêuticas finalmente estão começando a investir em estudos para produzir uma vacina para crianças e adolescentes. Neste mês, as empresas Pfizer, Moderna e AstraZeneca anunciaram que estão buscando crianças para a realização de testes clínicos de seus imunizantes.
O americano Caleb Chung, 12, é um dos que topou participar dos experimentos. Ele se inscreveu num programa da Duke University (EUA), que está testando a vacina contra o coronavírus da Pfizer em 2 mil crianças, de 12 a 15 anos.
Em entrevista ao canal de TV americano CNN, o menino contou sobre como foi a decisão de se inscrever para o programa. "Em dezembro, meu pai me contou sobre o teste da vacina e me mostrou como funcionava. Isso realmente me motivou a participar. (...) Foi definitivamente algo incrível que eu poderia fazer para ajudar", disse.
Caleb já recebeu as duas doses da vacina e conta que, apesar de ter apresentado alguns sintomas leves, se sentiu bem durante todo o processo. "Eu estou me sentindo perfeitamente normal. Depois que eu tomei minhas duas doses, senti alguns sintomas por um dia ou dois, como uma leve dor no braço e algumas dores de cabeça, mas nada além disso", explicou.
Richard Chung, pai do menino, também é pediatra e conta que a decisão de inscrever o filho nos testes foi muito bem pensada e tomada em conjunto com a família. "Como pediatra, tenho defendido que as vacinas para as crianças sejam introduzidas o mais rápido possível. (...) Como pai, eu realmente queria que ele sentisse que podia fazer algo específico [para ajudar]. Essa pandemia é uma coisa muito desencorajadora, em particular aos 12 anos, quando você está passando por um período crítico da vida. Por isso, essa parecia uma oportunidade maravilhosa. Literalmente, nenhum adulto poderia fazer isso por ele. Somente crianças podem fazer esse teste funcionar", explicou.
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