Depois de viver "Afonso", em "Deus Salve o Rei", agora é a vez de Rômulo Estrela, 35, encarar o "Marcos" da nova novela da Rede Globo, "Bom Sucesso". É inquestionável que o ator vive um dos seus melhores momentos profissionais. Além da trama das 7, ele voltará em breve aos palcos com a peça "O Preço" e, no cinema, estrela o longa "Cabeça de Leão", que tem previsão de lançamento para 2020.
Mas com o sucesso, também vem a falta de tempo para a família. Mas o ator garante que tira isso de letra. Casado há 10 anos com a empresária Nilma Quariguasi, Rômulo é um paizão do pequeno Theo, de 3 anos. Em um bate-papo com a CRESCER, ele falou sobre os desafios da paternidade ativa. Confira!
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C: Os homens estão cada vez mais participativos. Tanto nas tarefas domésticas quanto nos cuidados com os filhos. Como é na sua casa?
R: Aconteceu tudo muito naturalmente desde o momento em que a Nilma soube da gravidez do Theo. Então, não é muito a nossa realidade essa coisa de hoje os homens estarem mais participativos na criação, na educação, nos cuidados com os filhos. Eu sempre dividi isso com a Nilma de uma maneira muito natural, sempre foi uma coisa pautada em cima da necessidade de cada um. A gente não contabiliza as tarefas que eu faço e que ela faz, é uma coisa que a gente divide realmente com naturalidade. Acho que acaba sendo dessa forma porque, assim, conseguimos resolver também as nossas questões de trabalho e o tempo de cada um de uma maneira muito mais eficiente. Assim a gente tem feito e assim sempre foi.
C: Quais são os principais desafios e dificuldades dessa paternidade ativa?
R: Eu, como pai de primeira viagem, posso dizer que os desafios são todos! Você tem que aprender do zero a lidar com as situações que um filho exige, com a demanda de um filho, de cuidado, de educação. E acho que a parte mais importante é a educação, a disponibilidade para essa educação. Tive alguns desafios, mas todos superados de uma maneira também muito natural. A gente se preparou antes da chegada do Theo. Fizemos alguns cursos com uma doula para poder entender pelo menos o básico de uma criança e tentamos ser pais muito atentos às necessidades dele, tanto na tanto na escola, como em casa, com os amigos, com a babá. Como a nossa demanda de trabalho fora de casa é grande, tentamos sempre otimizar nossos momentos com ele e ficamos atentos para perceber o que ele necessita e precisa. Mas eu, como pai, sem dúvida nenhuma foi fundamental ter me preparado antes da chegada dele, e enfrentei todos os desafios possíveis sempre muito atento para aprender e pra me colocar disponível para ajudá-lo também, mas é maravilhoso ser um pai ativo na vida de um filho.
C: Você acha que as mães também precisam dar espaço para que os homens exerçam a paternidade?
R: Eu ainda acho que, em algum momento, as mães acabam por dominar muito a situação da educação e da responsabilidade com os filhos. E é importante, sim, que elas entendam que faz bem para relação entre pai e filho, que elas abram um pouco esse espaço para que o pai se sinta à vontade. Desde poder ficar com o filho no final de semana — e ter a responsabilidade de cuidar dessa criança —, até situações do cotidiano. Ela precisa acreditar que o pai é capaz de educar o filho. Mas acho que, cada vez mais, isso tem sido superado dentro das famílias, nas relações pai, mãe e filhos. No meu caso, desde o início, eu pedi à Nilma o meu espaço com ele, então já estabelecemos esse vínculo desde o primeiro momento. É claro que existe uma demanda que só a mãe pode suprir, mas eu sempre procurei ter o meu espaço, e a Nilma, como mãe, me deu isso. Ela entendeu que eu queria e que era importante para mim.
Qual é o conselho que você daria para um novo pai?
R: Eu diria: aproveite cada momento com seu filho porque a gente trabalha e tem uma vida cada vez mais corrida. Seja o mais atencioso possível para entender as necessidades dele. Também não tenha medo de construir a sua própria relação com seu filho. Não existe uma receita para educar uma criança, nem para construir uma relação, mas, sem dúvida, quando você se disponibiliza e entende que cada relação é única — e não necessariamente a que ele vai ter com a mãe —, é libertador! Faz com que a gente se sinta seguro e confiante. Então, eu diria isso: construa uma relação com o seu filho de uma maneira muito particular, tendo confiança no pai que você é.
from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Pais-famosos/noticia/2019/08/romulo-estrela-eu-como-pai-de-primeira-viagem-posso-dizer-que-os-desafios-sao-todos.html