Thursday, April 8, 2021

“Foi um parto maravilhoso. Andréia estava muito emocionada. André chorou igual bezerro”, diz Renato Kalil, obstetra de Sadi

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Andréia Sadi, seu companheiro André Rizek e o médico Renato Kalil (Foto: Reprodução Instagram)

 

A jornalista Andréia Sadi, 33 anos, sempre à frente dos bastidores no universo atribulado da política na Globonews, Jornal Hoje, G1, CBN e no Papo de Política – e também como recém-colunista na CRESCER (A mãe tá on!) – virou notícia na última quarta-feira (7). No Dia do Jornalista, ela deu à luz os gêmeos João e Pedro na Maternidade Perinatal, no Rio de Janeiro, fruto de seu relacionamento com o também jornalista André Risek, do SporTV. Os bebês nasceram de parto cesárea. Pedro foi o primeiro a nascer, pesando 2,8kg. João chegou ao mundo com 3,1kg.

Em entrevista exclusiva à CRESCER, o ginecologista e obstetra Renato Kalil, médico de Andréia, contou detalhes sobre o nascimento dos meninos: “Foi um parto maravilho. A energia dos dois foi o que prevaleceu na sala. Ela estava muito emocionada. E o André, nem se fala. Chorou igual bezerro”, disse Kalil.

A seguir, confira a conversa na íntegra, da ansiedade da jornalista na véspera do parto dos filhos à amamentação na primeira hora:

CRESCER – Como Andréia estava ontem, antes da chegada dos bebês?
DR. RENATO KALIL –
[Risos] Extremamente ansiosa. André me disse que, na noite anterior e, inclusive na manhã do parto, estava chovendo, e ela ficou muito nervosa falando que eu ia perder o voo [Kalil mora em São Paulo], que eu não ia conseguir viajar. Também estava ansiosa para a anestesia porque ela tinha esse medo. Mas conversamos muito. Eu e André, sempre ao lado dela.
 

Rizek com o filho (Foto: Reprodução: Instagram )

 

CRESCER – Como foi o nascimento de João e Pedro?
DR. RENATO KALIL –
Foi um parto maravilhoso, uma energia maravilhosa. Foi incrível mesmo. A energia dos dois foi o que prevaleceu na sala. Ela estava muito emocionada. E o André, nem se fala. Chorou igual a um bezerro. A participação dele no parto foi algo que considero fundamental na obstetrícia. Ele se paramentou cirurgicamente com avental, luva, gorro, máscara. Tudo estéril para receber os bebês. Ele viu o parto dos gêmeos. O primeiro bebê nasceu cefálico [de cabeça para baixo], e eu já dei na mão dele, que beijou e conversou muito com o filho ao nascimento. Depois, ele acompanhou o nascimento do segundo, pélvico [quando o bebê está sentado]. Ele assistiu o procedimento inteiro, depois pegou na mão, beijou, conversou de novo. Foi fantástico. Depois levei os bebês para Andréia. Ela beijou os dois e chorou muito de emoção antes de irem para o pediatra e logo voltaram direto para o peito dela.

CRESCER – O parto foi cesárea por algum motivo? Nem todo nascimento de gêmeos precisa ser cirúrgico, não?
DR. RENATO KALIL –
Se os dois estivessem cefálicos tentaríamos normal, mas um estava cefálico já encaixado e o outro, pélvico. Então normalmente, não arrisco o parto pélvico. Eu não faço parto pélvico. A opção da Andréia foi não arriscar também. Mas se os dois tivessem cefálicos, ela gostaria de ter tentado o parto normal.

CRESCER – Os bebês mamaram ainda no centro cirúrgico. Foi possível, então, realizar a Golden hour [momento dos pais com o filho na primeira hora de vida do bebê]?
DR. RENATO KALIL –
Sim, foi possível. Jofre [Cabral], chefe da UTI neonatal da Perinatal, foi extremamente condescendente com a gente e recebeu os bebês depois de Andréia beijar as crianças. Então, fez a avaliação inicial e levou para os dois mamarem no peito naquela Golden hour. Foi ótimo. Isso sempre é possível, independente do parto. Após o término da cirurgia, Andréia subiu para o quarto e os bebês também. E as enfermeiras já levaram Pedro e João para mamar. Eles ficaram de 15 a 30 minutos mamando no peito.
 

Andréia Sadi, grávida dos gêmeos Pedro e João, e o parceiro André Rizek (Foto: Arquivo pessoal)

 

CRESCER – A gestação da Andreia foi muito saudável. A que você atribui isso?
DR. RENATO KALIL –
No primeiro trimestre, ela engordou muito e tomou um susto com a minha bronca. Ela não sabia que ia levar tanta bronca. Mas já tinha ganhado muito peso nesse período, então atentei pelo risco de diabetes gestacional, ainda mais aumentado em ggestações gemelares. Então, ela controlou muito a dieta, se alimentando de forma fracionada, com carboidratos complexos [integrais, grão de bico, batata doce], tirou doces, farinha branca. E entendeu que precisava fazer exercício. Ela treinou a gravidez inteira. Um treino muito leve, obviamente, como hidroginástica, caminhada. Foi extremamente obediente. Só aumentou muito o volume abdnominal, porque os bebês são grandes, até porque ela tem quase 1,80 e o André, quase 1,90. Todos os exames do pré-natal estavam excelentes.

Andréia Sadi após dar à luz (Foto: Reprodução: Instagram )

 

CRESCER – O peso na gravidez é um desafio para muitas mulheres. Como conseguir manter um peso adequado e saudável ao longo dos nove meses, mesmo quando se espera gêmeos?
DR. RENATO KALIL –
Não é porque são dois bebês que tem que engordar o dobro. A mulher deve engordar de 8 a 12 kg ou de 14 a 15kg, no caso de gemelares. Se uma mulher for obesa, por exemplo, ela pode até perder peso na gravidez. Não é porque começa o pré-natal com 100kg que vai acabar com 120kg. Pelo contrário. Ela pode começar um pré-natal com 100kg e terminar com 80kg. Só que ela fez uma troca já que passou a ter uma dieta saudável. Ela pode ter bebês de 3 a 4kg normalmente, mesmo perdendo o excesso de peso. É só fazer uma alimentação balanceada correta. E isso é importante, não só em gestações gemelares.

CRESCER – Andreia trabalhou até a véspera do nascimento dos filhos. Qual sua dica para as mães que trabalham?
DR. RENATO KALIL –
Andreia é muito ativa, pilhada. Ela está falando de política de um lado, organizando a vida do outro, tocando a coluna da CRESCER do outro. Ela é acelerada. Isso a ajudou a não pirar na gestação, ser saudável e conseguir tocar o trabalho dela com eficácia. Mas isso porque ela tem essa energia, o que depende de paciente para paciente.



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