Com apenas 6 meses, Rayan, o caçula do ator Malvino Salvador e da lutadora Kyra Gracie, precisou ser internado em um hospital do Rio de Janeiro. Pelas redes sociais, a mãe disse que o menino está no CTI desde a última madrugada por causa de uma bronquiolite.
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"Foi diagnosticado com bronquiolite, mas está sendo muito bem cuidado por aqui", escreveu em seu Instagram. "Vai dar tudo certo. Mas, neste momento, preciso dedicar toda a minha atenção a ele. E, por esse motivo não haverá a Live hoje, do Jornada Campeã da Vida", comunicou ela, horas depois.
Assim que o clima começa a esfriar, os casos de bronquiolite – inflamação respiratória que afeta os brônquios – já começam a aumentar, justamente porque nesse período, a tendência é ficar em lugares mais fechados, o que facilita a circulação do VSR (vírus sincicial respiratório), principal causador da doença. Os primeiros sintomas são nariz entupido, coriza, tosse e espirros que podem ser acompanhados de febre ou não. Depois dos primeiros dias com esses sintomas, um terço dos bebês apresenta piora e tem comprometimento dos pulmões, passando a ter falta de ar, respiração rápida, esforço para inspirar e expirar, e queda da oxigenação conforme as vias aéreas mais inferiores (bronquíolos) são afetadas. "No bebê pequeno, a inflamação nos brônquios diminui o calibre das vias aéreas e gera uma dificuldade de trazer o ar para dentro do pulmão, deixando-o cansado e com dificuldade respiratória. É quando o médico ausculta e ouve aquele sibilo ou chiado", explica o pediatra e neonatologista Renato Kfouri, presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
O pico de piora costuma acontecer entre o terceiro e o quinto dia após o início dos sintomas. Felizmente, a grande maioria se resolve espontaneamente em até 7 a 10 dias apenas com uso de sintomáticos (hidratação, lavagem nasal e inalação, quando indicada pelo especialista). No entanto, parte dos casos pode apresentar piora e complicações (cansaço intenso, necessidade de suporte de oxigênio), sendo indicada a internação hospitalar, que nos casos graves podem necessitar de UTI e suporte ventilatório.
Há grupos com maior risco de complicações como cardiopatas, prematuros, portadores de doenças pulmonares crônicas da prematuridade ou broncodisplasia pulmonar. Alguns casos podem evoluir para o "estado de bebê chiador", caracterizado por crises de chiado recorrentes (crises de sibilância) e, portanto, há necessidade de se instituir tratamento para as crises e também preventivo, para que esses episódios não se repitam, ou pelo menos, tenham menor intensidade. Daí a importância de seguimento pediátrico de rotina.
Mas como prevenir? Para os pacientes do grupo de risco, como os prematuros, há a prevenção feita com imunoglobulina específica para o VSR (palivizumabe), que deve ser aplicada de acordo com a recomendação médica. Para os demais casos, no entanto, não há uma vacina. Por isso, a prevenção é a mesma para todos os quadros de causa viral, inclusive a covid-19:
- Evitar contato com indivíduos portadores de sintomas respiratórios.
- Evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados.
- Lavagem frequente das mãos (suas, do seu filho e de todos em casa).
- Manter calendário vacinal atualizado- Se possível, manter o aleitamento materno, já que ele é fundamental para fortalecer o sistema imunológico das crianças.
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