Thursday, July 29, 2021

A bicampeã olímpica de vôlei Fabiana Claudino dispara: “A vida de atleta me ajuda a ser mãe”

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Ser mãe nunca saiu dos planos da bicampeã olímpica de vôlei, Fabiana Claudino, 36, mas era algo que vivia sendo adiado. “Como atleta, você sempre tem a próxima competição, a próxima viagem, um contrato novo... E o tempo vai passando”, fala a jogadora que não está em quadra nas Olimpíadas de Tóquio, mas, desta vez, participa como comentarista dos jogos de vôlei, com transmissões realizadas de sua casa por conta das medidas de saúde e segurança, ao seu lado de seu filho Asef, 3 meses. Como ela mesma diz: “O melhor dos mundos!”.

Fabiana Claudino e seu filho Asef (Foto: )

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A atleta conta que a pandemia deu um empurrãozinho para que ela pudesse dar esse passo, já que estava diante de muitos cenários de incerteza no meio esportivo e da indefinição se haveria ou não o evento mundial. Então, conversou com o marido, o cantor e compositor Vinicius de Paula, mais conhecido como ViniGram, com quem é casada há três anos, e decidiram que era a hora de ter um filho.

 

Gestação e parto dos sonhos

Depois de alguns meses de tentativas, uma azia persistente e sem razão aparente surgiu e Fabiana resolveu comprar um exame de farmácia para descartar a ideia de uma possível gravidez. Foi assim que ela teve a melhor notícia da sua vida: “Estava grávida! Quis fazer uma surpresa para meu marido, mas a ansiedade era tanta que fui logo contando!”, lembra a jogadora.

Nos primeiros meses, a atleta parou de fazer exercícios e decidiu aproveitar o momento para descansar e curtir a gravidez. Mas, após o terceiro mês, voltou a se exercitar aos poucos para cuidar da sua saúde e do pequeno. Aliás, Fabiana esbanjou saúde nos nove meses. “Não posso reclamar de nada. Apenas tive essa azia e sentia um sono que não sei de onde vinha!”, comenta. Asaf nasceu no dia 17 de abril, às 13h54, de parto normal, conforme ela desejou. “Foi tudo muito tranquilo e dentro do esperado.”

Nasce uma nova mulher

A chegada do bebê não só trouxe mudanças na rotina e nos hábitos da casa e da família, mas também na visão de mundo de Fabiana: “Um filho muda muito você! Sou uma mulher mais madura, consciente e tenho muito mais empatia”.

Agora, tudo gira em torno do bebê, das necessidades e dos cuidados de que ele precisa. Mas é algo que ela diz estar tirando de letra por conta de seu histórico em competições. “Ser atleta me ajuda a lidar com os horários e várias situações com o Asaf. A rotina de não ter mais rotina. De não ter mais o sono reparador e estar em estado de alerta ao ouvir qualquer barulho que o bebê faz. Viajamos muito, lidamos com pressão, temos horários malucos e fusos diferentes em razão das competições e é muito importante manter a paciência”, compara a jogadora, que contou com o apoio da mãe para ensinar e compartilhar experiências assim que o bebê nasceu. E, hoje, divide os cuidados do pequeno com o marido: “Ele me ajuda muito. Ama estar presente e botar a mão na massa quando de trata de ajudar a cuidar do Asaf. Agradeço aos céus por ele ser um marido e pai tão parceiro”.

Apesar de não estar em quadra nas Olimpíadas de Tóquio, Fabiana está bem resolvida quanto a isso. “Fui a quatro olimpíadas e ganhei duas medalhas de ouro. Além disso, a seleção está bem convocada e representada. Então, tudo certo! Aceitei o convite para ser comentarista com muito carinho e orgulho. Está sendo uma nova forma de participar dos jogos olímpicos”, afirma a atleta.

 

Em breve, nas quadras

Apesar da jogadora querer aguardar um pouco mais para voltar a jogar, precisou mudar seus planos depois de ser procurada pela diretoria e comissão técnica do Osasco/São Cristóvão Saúde. “Recebi uma proposta que não dava muito para recusar. O Osasco é um clube que tenta me contratar há muito tempo e, por diversas razões, não dava certo. Então, volto às quadras de vôlei este ano.”

A atleta, inclusive, já retomou os treinos. “No começo foi muito difícil. Mas sigo devagar, respeitando as mudanças que meu corpo passou por conta da gravidez e da amamentação para que não queime etapas nem algo saia errado”, coloca.

Quem sabe a gente também não a vê novamente jogando pela seleção brasileira de vôlei, não é mesmo? Sobre este assunto, parece que só o futuro dirá: “Não gosto muito de fazer planos a longo prazo. Acho que já servi muito aos meu país e já dei muitas alegrias ao povo brasileiro. Sou grata por tudo! Deixo o futuro para quando ele chegar!”, finaliza a jogadora.



from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Educacao-Comportamento/noticia/2021/07/bicampea-olimpica-de-volei-fabiana-claudino-dispara-vida-de-atleta-me-ajuda-ser-mae.html