Wednesday, July 21, 2021

Tóquio 2021: Nadadora critica organização dos Jogos Olímpicos por não deixá-la levar o filho de 11 meses, que mama no peito, para o Japão

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Ser mãe e atleta olímpica pode ser um verdadeiro desafio. E em meio à pandemia, a situação ficou ainda mais complicada. Ona Carbonell, nadadora espanhola e medalhista olímpica precisou escolher entre competir em seu terceiro Jogos Olímpicos ou ficar em casa com o seu filho Kai, bebê de 11 meses, que ainda mama e que não poderá acompanhá-la na viagem a Tóquio.

Ona Carbonell precisou decidir entre ficar com o filho e competir nos Jogos Olímpicos (Foto: Reprodução/Instagram)

 

Devido à pandemia, a Olimpíada está sendo realizada sob muitos protocolos para evitar um possível surto no Japão. E um deles é diminuir ao máximo o número de pessoas envolvidas no evento. Nas redes sociais, a nadadora criticou, então, a organização dos Jogos por “medidas extremamente drásticas”.

“Apesar do surgimento de algumas notícias sugerindo a possibilidade de nós, atletas, podermos viajar para os Jogos Olímpicos de Tóquio acompanhados de nossos bebês ou crianças pequenas, fomos informados pelas entidades organizadoras de algumas medidas extremamente drásticas que tornam essa opção impossível para mim. Depois de receber inúmeras expressões de apoio e incentivo para ir a Tóquio com Kai, queria expressar minha decepção e desilusão por finalmente ter de viajar sem ele", escreveu.

A organização da Olimpíada teria dito que o filho de Carbonell precisaria ficar em um hotel longe da Vila Olímpica dos atletas com seu pai. Ela teria,então, que deixar a "bolha de segurança" contra a Covid montada para os atletas para estar com Kai, o que atrapalharia tanto o seu desempenho na competição, como poderia colocar a família e os companheiros de equipe em risco.

 

No vídeo, Ona Carbonell diz ainda que perguntou aos organizadores dos Jogos de Tóquio se poderia levar o filho, já que ainda estaria amamentando Kai. A resposta foi negativa. Segundo o Comitê Olímpico Internacional (COI), as regras para entrada no Japão foram feitas pelo governo do país.

A atleta decidiu, então, competir em Tóquio e disse que terá que usar a bomba de tirar leite por cerca de 20 dias, esperando que Kai ainda queira ser amamentado, algo que é muito importante para ela.

“Foi uma decisão muito complicada para mim. Espero que este vídeo e todos os outros atletas que estão lutando com o mesmo problema ajudem a normalizar essa situação, que hoje não é normal. Espero que esta ação ajude em futuras competições, torneios e Jogos Olímpicos", concluiu Carbonell.

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