Tuesday, July 28, 2020

Thaís Vilarinho: O amor de uma mãe

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Mãe e filho brincando (Foto: Getty Images)

 

Como pode uma palavra, tão pequenininha, ser tão grandiosa? Como pode tanta força e potência? Como pode caber um mundo inteirinho, com toda a sua complexidade, dentro de apenas três letras juntinhas?

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Mãe é substantivo, adjetivo, verbo e, principalmente, superlativo.
Mãe é lar, é comida quentinha.
É aquela leoa feroz, quando precisa proteger a cria.
Mãe é chão, é anjo da guarda, é o melhor GPS para acharmos as coisas que perdemos pela casa.
Mãe é choro compulsivo na apresentação da escola, é saudade que esmaga o coração quando vê fotos dos filhos pequenos. Mãe é coração transbordando de orgulho e cabeça abarrotada de questionamentos. Mãe é também corpo cansado e lágrimas de preocupação. É doação, mesmo quando tem certeza que as forças se esgotaram.
Mãe é divã de terapia. É mão sempre estendida e abraço de urso.
Mãe é cachecol quando esquecemos de levar a blusa. É o melhor cheiro e o melhor lugar do mundo.
Nunca, jamais faça a besteira de tentar entendê-la, e sabe por quê? Mãe é bicho esquisito. É drama, comédia, suspense e tragédia, tudo junto e misturado.
Mãe é banho morno que baixa a febre, é analgésico potente, e é dose cavalar de antibiótico.
Mãe é beijo bom que cura machucado, abraço macio que dá leveza aos dias ruins e voz que tem poder calmante, tipo de maracujá, sabe?
Mãe é meio bruxa. Enxerga até quando está de costas. Tem poder de ler pensamento e de adivinhar o que vai acontecer.
Mãe é carga extra de energia, é a verdade que ninguém tem coragem de nos dizer.
Mãe é a mão que segura a gente quando o carro breca repentinamente. É a cama e o travesseiro perfeitos para chorarmos qualquer tipo de mágoa.
Mãe é ser, estar, ficar, continuar. Permanecer. Tornar-se.
Mas, sobretudo, mãe é porto.

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Um porto que, por mais que queira que o barquinho fique por ali, debaixo dos seus olhos, quando sente que é hora de ele partir, aceita, solta a cordinha e o entrega para o mar. Entrega mesmo sabendo dos perigos que ele irá enfrentar. Mas, antes de ele partir, sussurra no seu ouvido que porto, ah... porto, nunca sai do lugar.

cf312-coluna-mae-fora-da-caixa-thais-villarinho (Foto: Arquivo pessoal)

 

THAÍS VILARINHO É FONOAUDIÓLOGA E ESCRITORA. É MÃE DO MATHEUS, 11, E DO THOMÁS, 9. AUTORA DOS LIVROS MÃE FORA DA CAIXA, MÃE RECÉM-NASCIDA E DO INFANTIL DEIXA EU TE CONTAR...

 

 

 

 


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from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Colunistas/Thais-Vilarinho-Mae-fora-da-caixa/noticia/2020/07/thais-vilarinho-o-amor-de-uma-mae.html