Friday, July 31, 2020

Marcos Mion: "Não podemos simplesmente aceitar que as crianças vão perder o ano"

Menina em cima da cadeira abrindo armário (Foto: Getty Images)

 

Pode ser que, quando você ler este texto, as coisas entejam no caminho para a normalidade e, neste caso, que fique a experiência para que estejamos prontos a agir mais rapidamente na próxima vez. As escolas estão fechadas por ordem do governo e prefeituras, então, cabe a nós (os que podem trabalhar de casa), manter as crianças ativas.

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Não podemos simplesmente aceitar que as crianças vão perder o ano ou parar de aprender por um período, e muito menos colocar a culpa nas autoridades ou no vírus para justificar a falta de envolvimento nas atividades dos filhos.

A reflexão aqui é sobre o que esse período vai deixar de aprendizado para novas condutas dentro de casa, quando tudo isso passar. Partindo do princípio que, durante a quarentena, devemos assumir a repsonsabilidade que antes constumávamos entregar, é crucial desenvolvermos neles a autonomia. A criança em casa não pode significar trabalho extra constante para os pais. Quer dizer, pode até acontecer, se não existir planejamento. Crianças precisam de regras e cronograma. 

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Quer dizer, pode até acontecer, se não existir planejamento. Crianças precisam de regras e cronograma. É muito importante deixar claro para elas que estão encarando uma nova forma de realidade, que exige mais responsabilidade e amadurecimento.

Acordar cedo e ter as manhãs dedicadas ao estudo tem sido a regra aqui. No início, com nosso acompanhamento, mas, depois, sozinhos, relatando, ao final, o que foi feito. Precisamos acreditar que eles dão conta, para eles mesmos acreditarem que são capazes. Se o seu filho frequenta uma escola que não tenha fornecido material para seguir os estudos em casa, recomendo aplicativos gratuitos, como os do Centro de Mídias da Educaçãode SP, uma plataforma que permite que os estudantes da rede estadual tenham acesso a aulas ao vivo, videoaulas e outros conteúdos pedagógicos durante o período do isolamento social provocado pelo combate à covid-19.

Quantas vezes não ouvimos que as escolas precisam mudar, que ensinam as pessoas do futuro nos moldes do passado? Esse novo jeito de aprender, com autonomia e em novas plataformas, pode, inclusive, ser uma oportunidade para começar algo novo, mais focado no talento ou gosto pessoal da criança. Minha filha, por exemplo, que curte letras e logos, está fazendo um curso de caligrafia online. Há cursos gratuitos sobre qualquer assunto. É só pesquisar.

Aqui em casa, tem sido uma época de ver as crianças se engajarem também em atividades com as quais não estavam acostumadas, como ajudar a preparar algo simples da refeição, colocar e tirar a mesa, lavar louça. Sei que muitas famílias já contam com os pequenos para estas tarefas, mas é uma ótima hora para começar nas casas onde isso, até então, não era hábito. E assim vamos nos adaptando a novas realidades nesse momento divisor de antes e depois na história.

Marcos Mion (Foto: reprodução/instagram)

 

 MARCOS MION É APRESENTADOR DE TV, ATOR, FISICULTURISTA E EMPRESÁRIO, CASADO COM SUZANA GULLO E PAI DE ROMEO, 14 ANOS, DONINHA, 11, E TEFO, 9

 

 

 


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from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Colunistas/Marcos-Mion-Pai-Nivel-Hard/noticia/2020/07/marcos-mion-nao-podemos-simplesmente-aceitar-que-criancas-vao-perder-o-ano.html