É possível que os pais sintam uma mudança significativa quando os filhos voltarem às aulas (algo que, sabemos, anda bem confuso). O uso de máscara e distanciamento deve conter o surto das viroses, comuns aos meses de abril e maio. “A causa principal desses surtos, especialmente os respiratórios, são os retornos escolares e as transmissões entre crianças em creches e escolas. Mas, com os novos hábitos de higiene, que se tornaram mais rigorosos, esse contágio deve ser reduzido”, observa o pediatra Daniel Becker.
Já o álcool em gel pode ser um problema, sim, a longo prazo. “Ele impede o contato da mão com a sujeira benéfica, com as boas bactérias que estão na terra, nas plantas, na lama, no cachorro”, diz Becker. O pediatra sugere preferir a água e sabão ao álcool em gel sempre que for possível para não cessar o contato dos pequenos com a “sujeira do bem”. Por enquanto, sujar-se na natureza está liberado. “O Centro de Controle de Doenças dos EUA emitiu um comunicado recente dizendo que superfícies não são risco de contágio da covid-19. Então, temos de deixar as crianças brincarem à vontade na natureza sem colocar álcool em gel a toda hora”, reforça.
A pediatra Flávia Bravo acredita que as novas medidas de higiene não necessariamente gerarão um enfraquecimento do sistema imune frente a doenças. A ciência ainda precisa dar uma resposta clara a isso. Até lá, vale seguir à risca os protocolos de cuidados para reduzir os contágios de covid-19.
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