A taxa de emprego entre as mulheres diminui depois que elas se tornam mães. Foi isso o que mostrou um relatório divulgado nesta sexta-feira (12) pelo Instituto de Estudos Fiscais (IFS), do Reino Unido.
A pesquisa IFS Deaton Review of Inequalities tinha como objetivo mapear as mudanças que acontecem na carreira das mulheres após a chegada dos filhos. O índice de emprego entre elas cai de 90% para 75% logo após o parto. Esse padrão permanece por muito tempo: menos de 75% das mulheres continuam empregadas durante todos os nove primeiros anos das crianças.
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Mesmo para que as que mantém trabalhos remunerados, a rotina se transforma. Se antes da maternidade elas dedicavam, em média, 40 horas semais para atividades profissionais, esse tempo cai para 28 horas nos primeiros dez anos de vida dos filhos. Segundo os autores da pesquisa, isso aponta para um aumento da procura por trabalhos autônomos ou de meio período.
Enquanto isso, a chegada das crianças pouco afeta a vida profissional dos homens. Eles tendem a continuar empregados e manter a mesma carga de trabalho de antes. Diferente do que acontece com as mulheres, seus salários continuam a aumentar com o passar dos anos.
Alison Andrew, uma das autoras, diz que essa desigualdade se revela, inclusive, quando o casal está em momentos de carreira parecidos. "A maneira como esses pais dividem o trabalho remunerado e o cuidado dos filhos não pode ser explicada diretamente por diferenças pré-existentes em suas trajetórias de carreira. Mesmo quando a mãe era a principal fonte de renda da casa antes de ter um filho, é muito mais provável que ela desista do trabalho ou reduza suas horas do que o pai", explica.
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