Agentes poluentes são prejudiciais à saúde, isso é consenso. Mas um levantamento feito com mais de 3 milhões de crianças na Dinamarca mostrou relações diretas entre contaminação do ar e agravamento do quadro de asma nos pequenos. A hipótese é de que, assim como o cigarro, algumas partículas de fumaça da poluição agridem os brônquios e levam a um quadro de inflamação das vias aéreas. “Não temos muito como fugir dela, a não ser, eventualmente, mudando de cidade. Mas é importante lembrar que, independentemente do fator de risco, a asma tem tratamento. Podemos fazer um trabalho preventivo, com remédios inalatórios de uso diário. Não devemos tratar a asma apenas quando as crises vêm”, explica Alfonso Eduardo Alvarez, presidente do Departamento de Pneumologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP).
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 150 milhões de pessoas sofrem de asma em todo o mundo. No Brasil, este número também é alto e não para de crescer. Atualmente estima-se que 10 a 15 milhões de brasileiros tenham a condição crônica, que, vale dizer, é comum aparecer desde cedo, em especial entre crianças de 4 a 6 anos de idade. A doença caracteriza-se pela inflamação e estreitamento das vias respiratórias, o que impede a passagem do ar e dificulta a respiração. Não tem cura, mas o diagnóstico precoce pode melhorar muito a qualidade de vida dos pacientes.
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