Um estudo desenvolvido por pesquisadores norte-americanos em nove hospitais pediátricos do país aponta que crianças assintomáticas infectadas com o novo coronavírus costumam apresentar menores taxas virais da doença do que crianças sintomáticas. O artigo foi publicado nesta quinta-feira (22), no Journal of Clinical Microbiology.
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Para chegar a essa conclusão, os cientistas avaliaram testes de 339 crianças assintomáticas e 478 sintomáticas, de 0 a 17 anos, entre março e julho deste ano.
“Crianças com infecção assintomática por SARS-CoV-2 apresentaram níveis mais baixos de vírus na nasofaringe / orofaringe do que crianças sintomáticas, mas o momento da infecção em relação ao diagnóstico provavelmente afetou os níveis em crianças assintomáticas”, diz o estudo. Isso significa que o momento em que o teste diagnóstico é feito pode impactar os seus resultados, e o pico de carga viral em crianças assintomáticas ainda precisa ser definido em estudos futuros.
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Entre as assintomáticas, ainda de acordo com o estudo, chamou a atenção dos pesquisadores o fato de crianças diabéticas serem mais propensas a ter uma carga viral mais alta. Também foram incluídas neste risco crianças que tiveram contato recente com um caso de covid-19.
“Nossos achados podem fornecer algum nível de garantia sobre o retorno à creche e escola com medidas de segurança adequadas (máscaras, higiene, distanciamento e ventilação) no local e exclusão rigorosa de sintomáticos”, conclui o artigo, apesar das ressalvas feitas sobre o momento dos testes em assintomáticos.
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