Com 45 anos de idade, Tom Garden já havia servido ao exército israelense e gerenciava seu próprio negócio familiar, mas ainda se sentia incompleto. Faltava uma coisa: a paternidade. Sem uma companheira para dar início à família, a alternativa foi recorrer ao processo de fertilização in vitro (FIV). Hoje, ele é pai solteiro de um menino de 2 anos de idade e uma bebêzinha de apenas 3 meses.
O processo foi mais lento que o normal, já que como judeu, Garden queria uma doadora de óvulos isaraelense. E não para por aí! Ele ainda precisou encontrar uma barriga de aluguel para carregar seu bebê. "Faltando quatro anos para os 50, eu pensei que nunca teria uma família. Fui casado com meu negócio por 10 anos, então eu nunca pensei de verdade sobre crianças e eu não tive tempo para namorar ou qualquer coisa assim", conta o pai.
Em junho de 2016, ele deu as boas vindas ao primogênito Joseph. Já Tayla nasceu em março de 2018 e não deve ser a última. Tom ainda planeja ter uma terceira criança e até uma quarta. "Eu tenho uma série de embriões viáveis guardados. Eu me vejo como um pai de muitas crianças, e para alguém de família pequena, isso é grande coisa", afirma.
Thomas Molinaro, endocrinologista reprodutivo na clínica Reproductive Medicine Associates of New Jersey (Estados Unidos), responsável por essa FIV, acredita que muitos pais ainda não tem conhecimento que algo assim seja possível, já que essa é uma opção muito mais óbvia para mulheres, que já tem útero e óvulos. "Acho que, no geral, as peças estão finalmente começando a se juntar para homens que gostariam de fazer algo assim. É um campo crescente no tratamento da fertilidade, e é importante divulgar isso como algo possível para homens solteiros. Você não precisa necessariamente ter uma parceira para ser pai", explica o especialista.
Além de dois lindos filhos, Garden ainda teve o bônus de encontrar uma grande amiga na mulher que carregou seus dois bebês. Ela é sua primeira ligação para contar as novidades sobre as crianças e pedir por conselhos, e ele não pretende esconder dos filhos a maneira como foram concebidos. "Talvez não tenha sido do jeito tradicional, mas eles foram vieram por amor, são muito especiais e estão aqui porque o papai os ama e os queria", garante.
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