A imagem acima é da enfermeira Rayanne Andrade, mãe de Larissa, 12 anos, e Lucas Gabriel, 11 meses, de Aracaju (SE). Ela foi repostada nas redes sociais da CRESCER, compartilhada em grupos de mães e gerou 1.105 comentários até o momento. E o que mais chamou a atenção foi que a maioria deles eram de outras mães que compartilham a mesma experiência: ficam ao lado do filho, segurando a mão deles até que durmam.
+ Cama compartilhada: pode ou não pode?
No caso de Rayanne, que sempre foi adepta da cama compartilhada – sua primeira filha, Larissa, só deixou de dormir com os pais quando estava prestes a completar 10 anos. “Junto do meu marido, decidi que com nosso segundo filho, Lucas, seria diferente. Não esperaíamos tanto para tirá-lo da nossa cama”, disse, em entrevista a CRESCER. No entanto, ficar ao lado do bebê, que só aos 11 meses foi para o próprio berço, é a forma que ela encontra de dar segurança a si mesma e ao pequeno. “Fico pensando se ele vai se descobrir, se vai acontecer algumo quando eu não estiver perto. Então, prefiro ficar ao lado dele até que pegue no sono e, depois, deito numa cama que fica no mesmo quarto. Sei que essa adaptação é muito mais minha do que dele, que já mostra que está dormindo melhor no próprio berço”, reconhece.
Cada família, uma sentença
Segundo a psicóloga clínica e psicoterapeuta familiar Letícia Gomes Gonçalves (SP), o principal ponto a ser considerado numa situação como a de Rayanne é que a criança realmente é dependente dos pais, mas, à medida que cresce, vai ganhando independência. Depois dos 2 ou 3 anos, ela passa a se sentir mais segura longe dos pais. Então, é natural que sempre queira alguém por perto para se sentir amparada. “Deitar ao lado do filho e segurar sua mão é uma das formas de suprir essa necessidade. E isso é saudável para o desenvolvimento emocional da criança. Aos poucos, essa criança vai crescer e suas necessidades vão mudar. Até mesmo aprender a dormir vai se tornando um processo natural, pois faz parte do desenvolvimento cerebral da criança”, diz.
A especialista, no entanto, aconselha que a mãe ou o pai encontre uma maneira confortável de ficar perto do berço ou da cama dos filhos, caso contrário, isso pode se tornar um ponto a mais de cansaço na rotina, que já costuma ser muito exaustiva.
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