Nesta quinta-feira (12), foi organizado um mamaço no Terminal Vila Luzita, em Santo André (SP). O protesto aconteceu porque Thais Magalhães, mãe de um bebê de 1 mês, teria sido impedida de amamentar seu filho de apenas 1 mês, por funcionários da empresa concessionária Suzantur. Em relato publicado no Facebook, a irmã dela, Janaina Santina, manifestou sua indignação, o que levou outras mães do ABC paulista a organizarem a manifestação.
"Minha irmã estava essa manhã no terminal Vila Luzita em Santo André esperando o ônibus a caminho da minha casa, quando foi amamentar seu bebê de 1 mês de vida. Dois passageiros que aguardavam o ônibus ficaram olhando. Alguns minutos depois três funcionários do terminal a abordaram e disseram que ela não podia tirar o peito e amamentar no local", escreveu Janaina na terça-feira (10).
Ainda segundo ela, diante da insistência da mãe, os funcionários teriam justificado que essa seria uma norma da empresa, atentado violento ao pudor e que chamariam a polícia, caso ela continuasse a amamentar. Eles também teriam se recusado a revelar seus nomes. A Suzantur, responsável pelo terminal, afirma que essa não é a política da empresa e que nada foi encontrado no sistema de monitoramento interno.
Vale lembrar que, desde 2016, o direito de amamentar em estabelecimentos de uso coletivo, público ou privado passou a ser garantido por lei no estado de São Paulo. A desobediência pode gerar uma multa no valor de 24 unidades fiscais do Estado de São Paulo, que equivalem a R$ 510. Em caso de reincidência, o custo dobra.
"Todos os colaboradores do terminal foram convocados afim de tentar elucidar o fato, assim como motoristas, cobradores e fiscais de linha que estavam no local na data em questão, indagados a respeito do assunto, relataram que nada ocorreu, não presenciaram nenhuma ação semelhante ao fato narrado", afirmaram, em nota à imprensa. A Prefeitura de Santo André garantiu que considera inaceitável qualquer restrição ao direito da amamentação e que está acompanhando o caso, para que as devidas penalidades sejam aplicadas caso o fato relatado pela mãe seja constatado.
Em entrevista à CRESCER, o coordenador operacional da Suzantur em Santo André, Wagner Militani, garantiu que o mamaço contaria com todo o apoio da empresa, que teria alugado cadeiras e até arrumado material para divulgação. Na página do evento no Facebook, uma mãe relatou que pessoas foram constrangidas para que se identificassem, apresentando o RG, e revelassem quem estava na organização. Até o momento da publicação, Thais Magalhães e Janaina Santina não haviam respondido nosso contato.
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