Tuesday, January 15, 2019

Novo contraceptivo pode ser alternativa fácil à pílula e até ao DIU

Nas mãos do pesquisador Mark Prausnitz, o patch com hormônio que barra a gravidez está em fase de testes e poderá ser alternativa aos métodos convencionais (Foto: Reprodução Georgia Tech)

 

Um novo anticoncepcional, que permite aos usuários aplicar um adesivo  com microagulhas na pele por alguns segundos, uma vez por mês, podendo desfrutar de até  seis meses de  contracepção está sendo desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Geórgia, Estados Unidos. Se passar pelas próximas fases de testes, o patch poderia representar um enorme passo à frente na prevenção da gravidez, sendo ainda uma alternativa de baixo custo. O cientista Mark Prausnitz, um dos responsáveis pelo estudo, disse que o objetivo é desenvolver um método contraceptivo que carrega o hormônio levonorgestrel, que é usado para prevenir a gravidez. "Nosso objetivo é que as mulheres possam autoadministrar contraceptivos de longa duração com o adesivo de microagulhas que seria aplicado à pele por cinco segundos apenas uma vez por mês", disse ele, em reportagem publicada no site australiano Kidspot. 

Alternativa aos métodos de contracepção convencionais

O adesivo teria microagulhas, com pontos com o medicamento, que se romperiam sob a camada superficial da pele, emitindo o ativo contraceptivo na corrente sanguínea ao longo de meses. O patch seria uma alternativa à pílula e também aos contraceptivos de longa duração mais invasivos, como o DIU e injeções. Prausnitz disse estarem otimistas em relação à eficácia do novo contraceptivo, uma vez que o hormônio usado já tem comprovação anticoncepcional bem estabelecida. A principal vantagem do estudo é ajudar em situações em que o acesso aos cuidados de saúde é difícil e o Prof. Prausnitz destaca os benefícios que isso terá nos países em desenvolvimento. O Brasil também poderia se beneficiar.

Testes em humanos
Embora os testes em camundongos tenham sido um sucesso, o professor ressalta que há preocupações sobre como o adesivo se manterá durante os testes em humanos, já que as microagulhas são, por definição pequenas, limitadas à quantidade de droga que pode ser incorporada em cada patch. O porta voz Gregory Kopf, da ONG Family Health International (Saúde da Família Internacional, em tradução livre), que atua na área da saúde em diversos estados dos Estados Unidos, mostrou apoio à novidade e disse estar orimista: "O patch de microagulhas é um avanço empolgante na saúde da mulher. Este contraceptivo autoadministrado e de longa duração proporcionará às mulheres um controle discreto e conveniente sobre sua fertilidade, levando a um impacto positivo na saúde pública ao reduzir gravidezes indesejadas", disse.



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