Thursday, November 12, 2020

“Querides alunes”: Colégio do RJ declara apoio institucional à neutralização de gênero nas palavras

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O Liceu Franco-Brasileiro, escola particular no Rio de Janeiro, gerou polêmica depois de publicar um comunicado aos pais nesta terça (10) declarando apoio institucional à neutralização de gêneros no vocabulário nos espaços de aprendizagem do Colégio. Em resposta à decisão do Colégio, deputados do PSL protocolaram um projeto de lei para impedir o ensino e adoção da “linguagem neutra” no estado do RJ.

A nota divulgada pela escola particular do RJ na terça (10), dizia: “A substituição de ‘queridos alunos’ por ‘querides alunes’, por exemplo, passa a incluir múltiplas identidades sob a marcação de gênero em ‘e’. Alternativas como ‘queridos alunos e queridas alunas’, igualmente, mostram-se viáveis ao evitar a representação de todos os gêneros exclusivamente pelo masculino”. A instituição reforçou ainda que não havia “obrigatoriedade” de adoção da linguagem neutra pelo corpo docente ou discente.

Depois da repercussão, o Liceu Franco-Brasileiro divulgou nas redes sociais nesta quarta (11) em que diz comprometido com “o respeito à diversidade e à inclusão”: “Em comunicado recente, o colégio afirmou o respeito à autonomia de professores e alunos no uso da neutralização de gênero gramatical na escola. Em nenhum momento, informou que passaria adotar essa prática em avaliações e em sua comunicação oficial. Espaço de formação e de múltiplos diálogos, o colégio adota a discussão sobre questões expostas pela sociedade, que não podem ficar só extramuros”.

Ainda na quarta (11), os deputados do PSL Marcio Gualberto e Anderson Moraes, protocolaram um projeto de lei que visa “proibir a ‘linguagem neutra’ na grade curricular, no material didático de instituições de ensino públicas ou privadas, e em editais de concursos públicos” com a justificativa de preservar “o direito de aprendizado do estudante a ter acesso a linguagem culta da língua portuguesa, em vista de denúncias no sistema educacional do Estado do Rio de Janeiro sobre escolas ministrando conteúdos adversos às normas e orientações nacionais de ensino da língua portuguesa”.

Para a psicopedagoga e conselheira da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp) Quezia Bombonatto a discussão da “linguagem neutra” não pertence à esfera gramatical. “Boa parte das palavras em português pode pertencer ao gênero gramatical masculino ou feminino independente da letra final”, afirma. “Quem determina o gênero no português não é o final da palavra, mas o artigo. Assim sendo, o elefante é masculino e a alface é feminino. Existe uma questão ideológica muito maior que a gramatical nessa discussão. Linguisticamente, não faz sentido nenhum utilizar ‘alunes’, por exemplo”.

Nas redes sociais do Liceu Franco-Brasileiro, pais e alunos se dividiram. Um grupo critica a posição da escola por “desrespeitar regras gramaticais” enquanto outros defendem a postura da instituição como “um passo importante para a inclusão e combate ao preconceito”.

Confira a nota do Colégio Franco-Brasileiro enviada aos pais na íntegra:

Colégio Franco Brasileiro (Foto: Reprodução Facebook)

 

 



from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Educacao-Comportamento/noticia/2020/11/querides-alunes-colegio-do-rj-declara-apoio-institucional-neutralizacao-de-genero-nas-palavras.html

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