A modelo e apresentadora Júlia Pereira deu à luz sua primeira filha, Suzanne, no dia 8 de novembro, às 40 semanas e 2 dias de gestação. A menina nasceu com 3,370 kg e 50 cm, e super bem. E mesmo que o parto não tenha sido exatamente como o planejado - Júlia se preparou durante toda a gestação para um parto natural, e Suzanne precisou vir ao mundo por meio de uma cesárea - a nova mãe diz que não tem espaço para frustração!
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“Era para ser assim. Eu passei por todas as fases, senti as contrações, entendi como é esse processo natural do trabalho de parto... e no final precisamos fazer a cesárea. Vivi dois partos", conta à CRESCER.
Júlia entrou em trabalho de parto naturalmente, e conta que chegou aos 8 centrímetros de dilatação sem analgesia. Usou a bola, banheira, e recebeu massagens do marido Amilcare Dallevo Neto durante as 9 horas em que esteve em trabalho de parto. Depois do rompimento da bolsa, porém, o aparecimento de mecônio no líquido amniótico - material fecal do bebê - e uma desaceleração no batimento cardíaco de Suzanne levaram a mãe e a equipe a decidirem pela cesárea.
"O mecônio estava em grande quantidade, e sei que ele não seria um problema se a bebê já estivesse perto de nascer, mas ainda tínhamos um caminho a percorrer. Além disso, a frequência cardíaca da Suzanne desacelerou. Ali, eu sabia que teríamos que fazer uma cesárea", diz.
A modelo lembra que ficou bastante tranquila quando foi avisada pela equipe da necessidade da cirurgia. “Eu me preparei muito, tinha os meus ideais. Tinha certeza que teria um parto normal. Fiz fisioterapia pélvica, exercícios, tudo que precisava. Sabia as fases do trabalho de parto, tudo certinho, mas quando vi o médico se aproximar de mim, depois do mecônio e dos batimentos dela oscilarem, eu já sabia. Mesmo assim, foi emocionante demais. Estou bem tranquila, sem frustrações. Claro que a gente tem que ter nossos planos, mas com a cabeça aberta aos imprevistos. Esse é um aprendizado diário que a Suzanne trouxe.”
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Os desafios do pós-parto
O parto diferente do planejado trouxe implicações para a recuperação de Júlia, mas trouxe também uma reflexão importante para os primeiros momentos da maternidade. “Levei um dia para conseguir andar, com dor, muitos remédios, é uma recuperação muito lenta a da cesárea. Mas por outro lado foi um ensinamento sobre como as coisas podem ser diferentes do idealizado, e está tudo bem. Eu estudei, pesquisei, tinha meus ideais, mas no dia a dia os planos mudam e o mais importante é o bem-estar do bebê e o nosso”, afirma.
Outro grande desafio para Júlia – como para a maioria de nós, mães – tem sido a amamentação. “O puerpério não é fácil. Pesquisei bastante, já sabia das dificuldades, mas a maioria das pessoas só mostra o lado bom. Claro que a amamentação é um ato de amor, mas existem dificuldades. Tive fissuras, mamilos sangrando, em carne viva. Dava de mamar chorando nos primeiros dias. Agora, com ajuda especializada e uma série de cuidados – pomada, laser, sol, chás... Está cada vez melhor! Mas o começo foi bem difícil.”
“Estou apaixonada pela Suzanne, ela é muito boazinha, quase não chora. Os dias têm sido intensos, mas muito especiais. A cada dia vejo também como a rede de apoio é importante. Ter aqui perto meu marido, minha mãe, minha sogra, minha irmã... Elas cuidam de mim para que eu possa cuidar da bebê.”
Para assistir ao relato feito em vídeo pela Júlia, basta acessar o canal da apresentadora no YouTube.
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