A Organização Mundial de Saúde (OMS) teme que a Europa enfrente uma terceira onda do novo coronavírus no início de 2021. Isso porque, segundo a organização, alguns dos governos têm dado uma resposta que a entidade considera “incompleta” à pandemia. A Europa enfrenta uma segunda onda de casos de covid-19 desde setembro, quando o aumento do número de infectados levou até escolas a fecharem novamente.
Para o enviado da entidade David Nabarro, os governos na Europa "perderam a chance de construir a infraestrutura necessária durante os meses de verão, depois que controlaram a primeira onda". “Agora temos a segunda onda. Se eles não construírem a infraestrutura necessária, teremos uma terceira onda no início do próximo ano”, completou, em entrevista a jornais suíços.
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Nabarro também demonstrou estar preocupado com a decisão da Suíça de permitir o esqui – mesmo que com o uso de máscaras nos teleféricos - enquanto outras nações alpinas, como a Áustria, fecharam resorts. “Assim que as taxas de infecção baixarem, e eles vão cair, poderemos ser tão livres quanto quisermos. Mas agora? As estações de esqui devem ser abertas? Sob quais condições?”, questionou.
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Em contrapartida, o líder elogiou a resposta de países asiáticos como a Coreia do Sul, onde as infecções agora estão em níveis relativamente baixos: “As pessoas estão totalmente engajadas, assumem comportamentos que dificultam o vírus. Eles mantêm distância, usam máscaras, isolam-se quando estão doentes, lavam as mãos e as superfícies. Eles protegem os grupos mais ameaçados.”
Nabarro também destacou o fato de a Ásia não ter relaxado prematuramente as restrições impostas para o controle da pandemia. “Você deve esperar até que o número de casos esteja baixo e permaneça baixo”, disse. “A reação da Europa foi incompleta.”
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