Sunday, November 29, 2020

Introdução alimentar: Afinal, qual é a idade correta e segura?”

vegetais; papinha; alimentação; bebê (Foto: Thinkstock)

 

Alguns pediatras indicam introdução alimentar a partir dos 4 meses e outros, aos 6. Afinal, qual é a idade correta e segura?”
Bianca Costa, via Instagram

A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), há muitos anos, é que o bebê seja amamentado exclusivamente com leite materno até os 6 meses. Nem água deve ser oferecida nesse período. Mas o assunto ainda não é consenso entre entidades internacionais e, por isso, é possível encontrar algumas recomendações divergentes. Porém, a Associação Brasileira de Nutrição Materno Infantil (ABRANMI), assim como a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), recomendam que sejam seguidas as orientações da OMS. Porque é nesse ponto que o desenvolvimento neuropsicomotor e os sistemas digestivo e renal estão prontos para receber outros alimentos.
 

Essa recomendação, de forma geral, é a mesma para aqueles que não estão em aleitamento exclusivo. É preciso ressaltar que a introdução alimentar (IA) é uma das fases mais importantes da vida. A partir dela, o bebê terá contato direto com os alimentos. Tocar, sentir a textura, o aroma, levar à boca, arrepiar-se com a fruta mais ácida, estranhar, fazer caretas... tudo isso faz parte do processo de aprendizagem que repercutirá nos hábitos alimentares de toda a sua história.

Quer saber mais? O próprio bebê dá sinais de que está chegando a hora. Quando aprende a sentar, já não tem mais o reflexo de protrusão da língua – parando de empurrar automaticamente os sólidos para fora da boca –, quando demonstra interesse pelos alimentos, tenta tocar na comida ou mostra que deseja mastigar. E esses sinais começam a surgir por volta dos 6 meses. IA é coisa séria! Portanto, não é hora de criar atalhos ou antecipar.


Dicas para a IA funcionar

1. Respeite a individualidade e o tempo do seu bebê.

2. Invista em “comida de verdade”.

3. Não utilize peneiras, nem liquidificador.

4. Não ofereça sucos, mesmo os naturais sem açúcar.

5. Incentive a família toda a ser um exemplo alimentar para o seu filho.

6. Se possível, faça acompanhamento com um nutricionista materno-infantil.

 

. (Foto: Arquivo pessoal)

 

Andreia Friques é nutricionista materno-infantil, mestre em Ciências Farmacêuticas, presidente da Associação Brasileira de Nutrição Materno-Infantil (ABRANMI) e mãe de Miguel, 12, e Davi, 8. É autora de Nutrição Materno-Infantil. Mande sua dúvida para
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