Wednesday, September 25, 2019

"De peito aberto": documentário brasileiro sobre amamentação estreia em outubro nos cinemas

O filme fala de questões ligadas à amamentação com a história de seis mães e seus bebês (Foto: Flickr/ « м Ħ ж »)

 

O documentário De Peito Aberto chega no próximo dia 3 de outubro aos cinemas. Dirigido por Graziela Mantoanelli, mãe de Clara, 5 anos, o filme traz à tona as principais questões sobre o aleitamento materno, por meio das histórias de seis mulheres, de diferentes realidades, durante os primeiros seis meses de vida de seus bebês. Este é o tempo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o aleitamento materno exclusivo, que é quando a criança se alimenta unicamente do leite materno. "De Peito Aberto capta emoções, embates e questões como o papel da mulher na sociedade atual, a relação entre maternidade e trabalho, as políticas públicas para amamentação e os interesses privados por trás do desmame precoce", explica Graziela. A produção conta ainda com o depoimento de especialistas, como a terapeuta argentina especializada em maternidade Laura Gutman, o pediatra espanhol e colunista da CRESCER Carlos González, o pediatra Moisés Chenciski e o psicólogo e terapeuta de família Alexandre Coimbra Amaral.

 

E quem possibilitou que o filme, produzido pela Deusdará, chegasse onde está foram as próprias mulheres. Segundo a diretora, crowdfunding só atingiu o valor necessário por causa da colaboração de cerca de 700 pessoas, muitas delas, mães. "Ano passado, resolvemos entregar o filme para as benfeitoras [que participaram do financiamento coletivo], mesmo sem ter finalizado e sem definirmos a distribuição. Fizemos uma sessão com o apoio da Unibes Cultural e as convidamos. Abrimos a sessão para um público especializado no tema, via plataforma VideoCamp, como um teste de audiência. Graças a esse movimento conseguimos fechar uma parceria com a Pagu Pictures, que, com grande entusiasmo, acreditou no nosso filme para ir para aos cinemas", conta a diretora, em entrevista a CRESCER.

Assista ao trailer aqui: 

 

  

O desafio agora é lotar as salas de exibição. "Se não tivermos público nos primeiros quatro dias de filme (de 3 a 6/10), ele sai de cartaz e corremos o risco de ver todo o esforço escorrer pelas mãos. Nossa batalha pelo cinema é por que acreditamos que essa janela pode impulsionar a discussão sobre amamentação, furar a bolha e falar com pessoas fora do universo da maternagem. Fazer com que essa pauta tão importante seja assunto nas conversas informais e na sala de jantar das famílias em o país. Sei que corro o risco de parecer romântica e ingênua, mas precisamos manter nossa firmeza de propósito. O filme nasceu para ser instrumento de discussão, de provocação, de esclarecimento e de força. Ele é meu e de todas as mães, especialistas em aleitamento, ativistas, ele nasceu para ser do mundo", afirma. 

Como o sistema de distribuição para um filme independente é complexo, ainda não há uma lista com as salas de exibição. Para mais informações, acesse o site oficial do filme: depeitoaberto.net.

 

 

 

 



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