Se você quer que o seu filho tenha um vocabulário mais rico no futuro, fique de olho nessa descoberta. Pesquisadores da Universidade da Califórnia (Estados Unidos) gravaram áudios de 53 bebês de 13 meses, para entender como eles interagiam com seus pais e responsáveis. Quando os adultos “reformulavam” as palavras e apresentavam ao bebê o jeito “certo” de falar, ele tinha mais possibilidades de construir um vocabulário amplo. “Além de simplesmente conversar com seu filho, descobrimos que os pais que respondem aos balbucios reformulando frases têm bebês que dizem mais palavras”, explicou Lukas Lopez, um dos autores.
Do "gugu-dadá" ao "mamãe, me dá"
A fonoaudióloga Juliana Trentini (SP), autora do livro Aprendendo a Falar (Editora Much, R$ 83), dá outras dicas práticas de como estimular o desenvolvimento da fala do bebê
Os primeiros balbucios coincidem com a fase de introdução alimentar (a partir dos 6 meses), quando o bebê está descobrindo sabores novos. Oferecer ingredientes com texturas e apresentações variadas faz com que a língua vá aprendendo a se movimentar. Esse “treino” também é fundamental para o desenvolvimento da fala.
Num primeiro momento, simplificar a fala pode ser uma boa estratégia. Inventar apelidos e usar onomatopeias pode deixar a comunicação mais fluida para a criança. Não há nada de errado em ela chamar um cachorro como “au-au”, por exemplo, desde que você também mostre que existem outras formas de se referir ao animal.
São uma ótima ferramenta para ampliar o vocabulário. As imagens servem como apoio visual e ajudam a criança a atribuir significado para as palavras novas. No início, prefira os livros duros, cartonados e multissensoriais.
Sempre que fizer uma pergunta a uma criança, saiba esperar, e não a induza a respostas. Os pequenos precisam de um tempo maior de reação. O melhor é deixá-los livres para se expressarem como conseguirem e, se for caso, só depois ajudá-los a reformular as sentenças.
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