Costumamos subestimar a capacidade dos nossos filhos, mas, às vezes, eles podem ter reagir melhor do que muitos adultos diante de uma situação difícil. Prova disso é um incidente que aconteceu com uma família de Tennessee, nos Estados Unidos.
A mãe, Whitney Laws, tinha acabado de buscar o filho mais de velho, Grant Ricker, 8, de um jogo de basquete, e eles estavam voltando para casa. O caçula de 2 anos estava com eles. De repente, ela começou a sentir-se mal e encostou o veículo. "Eu tentei encontrar um lugar para parar e entrei em um estacionamento. Me lembro de entrar, mas nem me lembro de ter colocado o carro na vaga. Acordei no hospital", conta ela.
O primogênito, Grant, começou a ficar preocupado ao ver que sua mãe começou a respirar pesadamente. "Ela me disse que estava ficando mal e sentiu que ia vomitar. Eu estava bem até que ela começou a se contorcer. Então, eu sabia que havia algo errado", lembra o menino. De fato, estava. A mãe estava tendo um ataque, causado por uma mudança de medicação.
Rapidamente, o garoto conseguiu estacionar o carro e teve a ideia de pegar o dedo da mãe e usá-lo para destravar o celular. "Primeiro, liguei para a minha avó e ela me disse para ligar para o 911. Assim eu fiz", conta ele. O segundo instinto foi colocar o vídeo de um desenho no celular para acalmar o irmão mais novo até que a ajuda viesse.
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Quando a ambulância chegou, Whitney foi levada para o hospital e os meninos foram levados para casa por parentes. Depois de três dias de internação, Whitney finalmente voltou pra casa, muito grata por seu corajoso garotinho. "Ele salvou minha vida", afirma a mãe. "Se ele não tivesse feito o que ele fez, eu não estaria aqui e lutando por eles. Foi o que me fez melhorar", conclui.
Preparar os filhos para agir em uma situação de emergência pode mesmo salvar vidas. "É sempre interessante ensinar às crianças, desde que em idade de entendimento compatível, a prestar auxílio e conhecer os principais telefones de urgência, como Corpo de Bombeiros, polícia, ambulâncias e principalmente, outro adulto responsável", explicou o pediatra e presidente do Departamento Científico de Emergências da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SP-SP), Sulim Abramovici. Prevenção nunca é demais, certo?
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