Soldado do 7º Batalhão do Comando de Policiamento Metropolitano, Samuel Mariano de Lima teve uma grande surpresa no último dia 24 de janeiro, uma sexta-feira. Um morador de rua o alertou de que uma mulher havia abandonado um menino na avenida Rio Branco, região central de São Paulo, por volta das 7 horas da manhã.
Segundo o policial militar, o morador de rua informou que a mulher, que estava aparentemente drogada, deixou o carrinho e se dirigiu para a região da cracolândia. "Encontramos o carrinho com o bebê e alguns cobertores, fraldas e uma bolsa com roupas. No entanto, no local não havia nenhuma documentação de identificação, nem carta", diz.
O menino aparentava ter entre 10 meses e um ano. O policial militar relata que a criança estava com sinais de maus-tratos, com lesões no pescoço e nas costas. "Quando chegamos ao local, eu o soltei do carrinho e pude ver que ele tinha feito suas necessidades na fralda. Além disso, como o dia estava chuvoso, a criança estava toda molhada. Decidimos, então, o levar para a viatura para fazer sua higienização", diz.
Samuel usou as roupas que estavam dentro da bolsa da criança para trocá-la. "Nós notamos que ele estava com fome, porque tudo que via, o menino queria morder", afirma. Ao ver a situação da criança, os policiais do batalhão decidiram ir ao mercado e comprar leite para fazer uma mamadeira.
Após o ocorrido, a delegacia acionou o conselho tutelar para tomar as medidas cabíveis, como levar o menino ao pronto-socorro e encaminhar para adoção em um abrigo. O soldado explica que se uma pessoa encontra uma criança abandonada é necessário comunicar imediatamente à polícia militar. "Se alguém quiser ajudar o menor, no momento, não há problema, mas é importante que comunique as autoridades o mais rápido possível, pois é um dever do estado protegê-la", diz.
A mãe da criança não foi encontrada.
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