Friday, April 19, 2019

Rafa Brites: "Maternidade é um universo que sempre esteve ali, mas eu nunca tinha prestado atenção"

Rafa Brites com o filho Rocco (Foto: Reprodução/Instagram)

 

Me tornei o que eu mais temia: a mãe que faz festa grande para filho pequeno!

Particularmente, não sou uma pessoa que comemora o próprio aniversário. Sempre tento viajar ou sair só com meu marido para jantar. Quer me ver tímida é a galera cantando Parabéns no restaurante para mim...

Mas engravidei e entrei no fantástico mundo das mães. Digo isso porque é um universo que sempre esteve ali, mas parece que, antes, eu nunca tinha prestado atenção. Aí, reparei na existência do mesversário, em que cada mês do bebê era comemorado, alguns com bolinho, outros com megaproduções… De cara, pensei: “Afe, Rafaella. Nunca!”. Até chegar o primeiro mês, depois de todo o sufoco do parto, aquele começo conturbado. Por que não fazer um bolinho, não é? No segundo mês, depois de dez dias de bronquiolite na UTI, é lógico que temos de comemorar!

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E assim, todos os meses, eu sentia que tinha tantos motivos para celebrar que não custava nada uma velinha ou levar uns ursinhos do quarto para a mesa da sala para cantar Parabéns. Passaram-se os 11 primeiros meses. Eis que chegou o aniversário de 1 ano. Achei que o ideal seria fazer algo pequeno em casa. O tal do menos é mais. O vovô enchendo balão, aquela farra de preparar os brigadeiros na cozinha, todo mundo comendo um a cada três enrolados. Vocês sabem do que estou falando (risos). Tudo isso é uma delícia.

Mas duas amigas minhas começaram a insistir: “Faz uma festinha maior, amiga!”; “Investe na decoração, no fotógrafo”; “Depois você vai se arrepender”; “Dá para misturar. Faz a parte caseira, que todo mundo adora, e o resto você contrata”.

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Ok, uma fotógrafa. Ok, uma recreação. Ok, um bolo decorado. Resumo da ópera? Teve até banda de Carnaval! Teve barraca de hambúrguer, de sacolé, o tio do mate. Teve arco de balões.

Lembrancinhas personalizadas. Teve tudo! E aquela história que ouvia, de que no primeiro ano a criança nem curte a festa, aqui foi ao contrário: Rocco ficou até o fim e não queria ir para a cama.

Dias depois, chegou o álbum. Foi o melhor investimento, já que, agora, ele fica na sala e todos – todos! – os dias, o Rocco abre e fala o nome de um por um da família e dos amigos.

Ele também beija e abraça a lembrança quando está com saudades.

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Depois disso, não fizemos mais mesversários. No entanto, quatro meses antes do aniversário de 2 anos, eu já estava pensando no tema, reservando bufê, mandando “save the date” para a família que mora fora... Uma animação nunca antes vista para fazer uma festa. Realmente, me enxergo naquelas mães bem surtadas, querendo saber como ficou o adesivo que fecha o saco de pipoca.

Estou escrevendo esta coluna do mês de março em fevereiro, dias antes da festa dos Beatles para o Rocco, que acontece no próximo fim de semana. Eu e meu marido parecemos duas crianças escolhendo os detalhes. Acho que, no fundo, vira uma festa para a família toda.

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Bem, mais uma vez, queimei a língua ao julgar outras mães. Mas, ó, filminho da festa começando de longe e um drone se aproximando... Isso nunca! Aí já é demais! Mas quanto será que custa fazer um filme com drone, mesmo?

Rafa Brites é repórter, apresentadora e mãe de Rocco, 2 anos. (Foto: Reprodução/Instagram)

 

 



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