Monday, March 11, 2019

Mãe pede aos bombeiros para entregarem leite à filha, que ficou ilhada durante alagamento em SP

Dayane com a filha, Maria Liz, de 2 anos e 4 meses (Foto: Arquivo Pessoal)

 

No último domingo (10) a assistente de compras Dayane Souza Paixão, 32 anos deixou a filha Maria Liz Silva Paixão, 2 anos e 4 meses, na casa do pai, que mora no Ipiranga (SP). A menina iria passar o dia com a família e no fim da tarde retornaria para a casa da mãe. No entanto, o que Dayane não imaginava era que o dia terminaria com fortes emoções.
Justamente no horário em que a menina voltaria para a casa da mãe, a chuva começou. E em pouco tempo as ruas já estavam alagadas e as pessoas ilhadas. E foi o que aconteceu no condomínio em que a pequena Maria Liz estava.
O pai da menina enviou alguns vídeos para Dayane, posicionando-a sobre o temporal. Com a água invadindo completamente o primeiro subsolo do prédio e indo em direção ao térreo, seria mais seguro todos continuarem em seus apartamentos.
“Vivemos momentos de muita tensão. A água estava tomando os carros no estacionamento e as bombas de gás, que também ficam no subsolo. Não bastasse o temor pelo vazamento de gás e toda aquela situação, minha filha, que tem alergia à proteína do leite, estava sem a fórmula especial que ela toma”, relata a mãe.

Maria Liz passou a noite sem o leite. Na manha desta segunda (11) os bombeiros entregaram o alimento à criança (Foto: Arquivo Pessoal)

 

Preocupada com a filha, Dayane conta que procurou nos grupos de whatsapp dos quais participa, alguém que fosse morador do mesmo prédio do pai da criança e que tivesse o leite para oferecer à filha. Mas não encontrou ninguém.
A angustia da mãe continuou madrugada adentro, até que no início da manhã, quando a água estava um pouco mais baixa, ela decidiu ir até o condomínio do ex-parceiro. “Lá eu encontrei homens do Corpo de bombeiros, que estavam em botes, e pedi que levassem o leite até a minha filha. Graças a Deus deu tudo certo. Ela recebeu o leite, e por volta das 10h30 consegui leva-la para casa, já em segurança”, diz.
Tanto a garota quanto as famílias da mãe e do pai passam bem. “O susto é que vai demorar um pouco para passar. Ainda estamos nos recompondo com tudo o que aconteceu. Muitas pessoas perderam tudo, outras perderam a vida. Sou grata por ter minha filha bem.”

Dayane com a filha, Maria Liz, de 2 anos e 4 meses (Foto: Arquivo Pessoal)

 



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