Saturday, October 10, 2020

Como é a dor da contração? Veja o que dizem os especialistas e as mães que já passaram por ela

Como é a dor da contração? (Foto: Getty)

 

Quando a mulher vai entrando na reta final da gravidez, passa a ficar atenta a qualquer sinal de que o bebê possa estar pronto para nascer. E um deles é a famosa "contração". Mas como ela é? Como identificar? Segundo a ginecologista e obstetra pela FEBRASGO, Fernanda Pepicelli, desde o meio da gestação, a mulher, em geral, já começa a sentir algumas contrações irregulares, indolores, que são as contrações de treino, chamadas contrações de Bracton-Hicks. "Conforme a gestação vai caminhando para o final, a frequência aumenta e algumas passam a ser doloridas. Até que chegamos ao período que chamamos de pródromos, onde as contrações são dolorosas, mas ainda não ritmadas. Quando realmente inicia o trabalho de parto, as contrações são bem dolorosas e ritmadas. Podem ocorrer a cada 3/4 minutos e durar até um minuto", explica.

Mas será que ela é igual para todas as mulheres? A obstetra afirma que a sensação pode ser diferente de uma mulher para outra. "Por exemplo, o quanto permanece no período de pródromo até iniciar o trabalho de parto efetivamente varia. Mensuração da dor também é relativa, pois a sensibilidade também muda, dependendo da pessoa", disse. A enfermeira obstetra pela UNIFESP, Cinthia Calsinski, complementa: "As mulheres descrevem de maneira diferente suas sensações em relação ao parto, seja sobre a descrição da dor, da satisfação do parto em si ou para classificar a experiência como positiva ou negativa".

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Outra questão que pode influenciar nessa percepção é o fato de o parto ser induzido. Cinhia explica que, "quando a mulher entra em trabalho de parto, uma grande orquestra toca em perfeita sintonia. No parto induzido, como hormônios sintéticos estão sendo administrados diretamente na veia, nem sempre a produção de endorfinas após uma contração é suficiente, na dose exata para contrapor o hormônio administrado. Porém, quando falamos de sensações, ainda mais em relação a parto, temos muitas outras questões envolvidas. Aspectos culturais e nossa escuta em relação a isso durante toda a vida ganham papel importante no momento em que vivenciamos essa experiência", finalizou.

Mas vamos deixar um pouco a ciência de lado e perguntar para quem vivenciou essa dor? Veja, abaixo, o que dizem as mães que passaram pelas experiência do trabalho de parto com direito a muitas contrações — a maior prova de que cada experiência é única!

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"Uma martelada na lombar." (Josi Bordin)

"Eu achei que estava com dor de barriga, ia no banheiro e fazia força. Por sorte não saiu nada. (risos) Como estava para induzir o parto as 5h da manhã e estava com muita 'dor de barriga', resolvi ir pra maternidade as 3h. Cheguei com 6 de dilatação!" (Sarah Dina Arroyo Amorim)

"Só tive contração induzida, não sei se é diferente, mas, pra mim, era uma sensação de músculos retraídos." (Selma Haruyo Shimono)

"Senti uma dor que começava no meio da coluna lombar e acabava na frente! Como se alguém estivesse abraçando sua coluna e apertasse o abdômen junto! Não foi a dor mais insuportável da minha vida, esperava uma dor muito mais forte!" (Camila Forte Bastos)

"É a dor mais dor do universo. Incomparável. Eu só pedia para a próxima ser menos dolorida e lógico que era sempre pior. Chorava e gritava." (Fernanda Moniz De Souza)

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"Soube diferenciar as contrações verdadeiras das falsas quando comecei a entrar em transe de tanta dor que sentia. Parecia que tinha saído da casinha e não estava mais tão dentro do meu corpo. (risos)" (Mayra Terzian)

"Cólica forte! Ora mais branda, ora mais forte!" (Ligia Cardim Fernandes)

"É como fazer um exercício abdominal no meio de uma cólica intestinal forte (muito forte). Ela vem e volta. Alcança ritmo. Até que quase emenda uma na outra e logo vem a vontade de empurrar." (Michele Cardoso Pereira Schifino)

"É uma dor que começa na lombar e se espalha. Dor única, acho que não se compara a nada! Soube que eram contrações porque a bolsa tinha rompido! Mas se não tivesse, eu não saberia." (Márcia Porfirio)

"É como alguém te torcendo e quebrando suas costelas. Não tem posição que minimize." (Michele Brossi Dias)

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"Colica forte que vem e passa. Diria que você simplesmente sabe que é trabalho de parto!" (Laura Maniero Gadelho)

"Uma dor que parece que está rasgando! Começa com cólica que vai ficando bem forte, daí, quando a gente acha que não dá para piorar, vem esta dor dilacerante. (risos) Mas passa logo e, em seguida, entramos na partolândia: a dor diminui e eu me senti inundada de força e afeto. No instante seguinte, estava com meu bebê nos braços!" (Sabrina Ferreira)

"No começo das contrações, eu tive a sensação de uma dor incômoda, depois, foi aumentando e, no final, tive a sensação que meus ossos estavam sendo quebrados simultâneamente. Não havia banho, massagem ou o que fosse que amenizasse aquela dor." (Patricia Correia)

"No meu primeiro parto, acordei sentindo uma cólica forte e comecei observar, vinha a cada 5 minutos, o que me alertou para correr para a maternidade. Com a anestesia, eu sentia um pouco as dores, mas não tão forte. Já no meu segundo parto, não estava tendo contrações. O médico fez indução e, depois disso, as contrações começaram de uma forma tão rápida e tão forte, que não deu nem tempo de anestesiar: meu corpo parecia que ia partir ao meio! Foi uma dor absurdamente forte, mas que passa como mágica, assim que o bebê nasce! E depois que vemos a carinha e pegamos no colo, nem lembramos mais da dor!" (Patricia Pastore)

"É horrível. Eu não conseguia responder as perguntas dos médicos e enfermeiras na hora da contração. Me dava uma dor terrível, suadeira, enjoo de fazer sentir meu estômago revirar. Depois que passava, eu ficava com muito frio e calafrios." (Gra Kautz)

"Começa com uma cólica e termina com uma sensação de que você nunca mais vai andar na vida, tamanha a pressão no seu quadril." (Xanda Mayer)

"Senti como se toda energia que eu tinha no meu corpo inteiro se deslocava para minha barriga." (Brenda C. Schmidlin Klemtz)

"Eu soube que era a contratação mesmo pois era tudo diferente de tudo que eu já havia passado. A mulher, mesmo sem ter passado por um parto normal (PN) anterior, por instinto, sabe que aquilo é o começo do trabalho de parto (TP). No começo, pra mim, foram contrações sem dor. Parece que os músculos e a pele da barriga estavam sendo puxados pra trás, como se estivesse com um elástico bem grande puxando a barriga. Fiquei um dia todo assim. Pela data já sabia que eram os pródomos. A doula veio e como era enfermeira obstétrica pedi pra ver se havia dilatação. Não tinha. Ou seja, pródomos mesmo. Até limpei a casa. Fiz comida. Depois, fiquei mais dois dias com contrações e dores. O chamado TP latente. Só sentia dor nos minutos que contraia. Era uma dor na lombar. Até então, dilatei bem pouco. Tudo isso em casa. Ai já não conseguia fazer mais nada. No terceiro dia, fui pra maternidade, precisei de ocitocina pras contrações ritmarem e haver a dilatação. Aí, sim, começou o TP ativo, que foram umas 5 horas. Ele nasceu no quarto dia de manhã, bem cedinho. Durante o TP ativo, a sensação das contrações era a mesma do elástico, somadas a dor na lombar. Apenas no expulsivo, quando da vontade de puxar (até então, eu fazia outro tipo de força) que, além da dor das contrações, senti ardência no canal." (Cintia Balaguer Simoes)

 



from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Gravidez/noticia/2020/10/como-e-dor-da-contracao-veja-o-que-dizem-os-especialistas-e-maes-que-ja-passaram-por-ela.html

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