Nos primeiros dois anos de vida, cada mordida conta para a construção de bons hábitos alimentares. É isso que aponta um novo relatório do Comitê de Diretrizes Nutricionais dos EUA que reforçou que alimentos açucarados não devem ser oferecidos a aos bebês menores de dois anos.
No documento de 800 páginas, realizado por pesquisadores estadunidenses a pedido do governo, há algumas recomendações importantes para os pais. "As exposições nutricionais durante os primeiros 1.000 dias de vida não apenas contribuem para a saúde a longo prazo, alterando o risco de surgimento de doenças crônicas, mas também ajudam a moldar as preferências de gosto e as escolhas alimentares", afirmam os estudiosos.
Uma das recomendações mais importantes para os primeiros dois anos de vida, de acordo com o relatório é evitar alimentos açucarados. “A energia que esse tipo de alimento fornece provavelmente diminuirá o consumo de comidas nutricionalmente mais ‘ricas’, aumentando o risco de inadequações nutricionais. Além disso, o consumo de bebidas açucaradas, especificamente, está associado ao aumento do risco de sobrepeso ou obesidade", diz o relatório.
Os pesquisadores apontaram ainda as cinco principais categorias de alimentos açucarados que devem ser evitadas:
- Bebidas açucaradas como achocolatados, refrigerantes e sucos industrializados e naturais
- Sobremesas, biscoitos, bolachas, bolos e chocolate
- Café e chá (com adição de açúcar)
- Doces e balas
- Cereais e barras de cereais industrializados
O relatório reforçou ainda que as frutas in natura são sempre opções melhores do que os sucos, principalmente para as crianças menores. "O suco de frutas é uma fonte de açúcar sem muitos benefícios nutricionais. Portanto, deve ser evitado nos primeiros anos de vida", afirmam os pesquisadores.
Além da água, o único líquido recomendado para os bebês foi o leite materno. "Ser amamentado pode reduzir o risco de sobrepeso e obesidade, diabetes tipo 1 e asma, em comparação com quem nunca foi amamentado", afirma o relatório. Para as mulheres grávidas e que amamentam, o documento ressalta a importância do consumo de peixes ricos em ômega-3 para a formação do feto e desenvolvimento do bebê.
Os pesquisadores confirmaram ainda que oferecer alimentos alérgenos, como amendoim e ovos, entre os seis meses e o primeiro ano de vida contribui para a redução do risco de alergia alimentar.
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