Um estudo realizado por pesquisadores do Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, prevê que a taxa de fertilidade no mundo esteja em 1,66 em 2100. Isso significa uma estimativa de 1,66 filhos por mulher. O estudo foi publicado na semana passada pelo jornal científico The Lancet.
Atualmente, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), essa taxa é de 2,5 - o que já representa uma queda expressiva na comparação com os 3,2 nascimentos por mulher em 1990. É necessária uma taxa de fertilidade de no mínimo 2,1 para que haja a chamada reposição da população. Com números abaixo desse patamar, ocorre a redução da população - que é justamente o que sugere o estudo.
De acordo com os pesquisadores, a população global deve atingir um pico em 2064, com 9,43 bilhões de pessoas, e cair para 8,79 bilhões em 2100. O número é menor do que o estimado pela ONU, que prevê quase 11 bilhões de pessoas em 2100.
"Talvez o determinante mais importante da população mundial em nossas previsões para 2100 tenha sido a taxa de fertilidade, já que a maioria dos países atingirá uma taxa mais baixa do que o nível de reposição de 2,1", pontua o estudo. A taxa de fertilidade deve ficar abaixo do nível de substituição em 183 dos 195 países e territórios até 2100, segundo a previsão.
O declínio das taxas de fertilidade, segundo o estudo, estariam relacionados a variáveis como o aumento da educação materna e acesso a serviços de saúde reprodutiva, como métodos contraceptivos. "Nossas descobertas sugerem que as tendências contínuas no desempenho educacional feminino e no acesso à contracepção acelerarão o declínio na fertilidade e o lento crescimento populacional."
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