Um novo estudo realizado por pesquisadores, nos Estados Unidos, mostrou que pacientes sem sintomas aceleram a propagação do coronavírus.
"A transmissão furtiva refere-se ao fato de que pessoas que apresentam sintomas leves ou são assintomáticas estão contribuindo para a disseminação do vírus. O novo estudo sugere que dois terços dos casos podem ser transmitidos dessa maneira, de acordo com a modelagem matemática", diz Kirsten Hokeness, professora e presidente do Departamento de Ciência e Tecnologia da Universidade Bryant, nos Estados Unidos.
São essas pessoas que podem infectar outras que ficam doentes o suficiente para chegar aos hospitais.Hokeness explica que o período de incubação do vírus, ou o tempo entre a contração e o aparecimento dos sintomas, é de cerca de cinco dias, em média.
Em outras palavras: se você ainda não faz, comece a agir como se já tivesse o COVID-19. Esta é uma razão importante pela qual temos que praticar o distanciamento social.
"Isso é fenomenalmente importante para uma doença como COVID-19, na qual não há imunidade natural na população e para a qual não existe vacina. Isso significa que a única maneira de o vírus deixar a população, em certo sentido, é infectar todos ou limitar a capacidade do vírus de se espalhar de pessoa para pessoa. O distanciamento social cria uma barreira e protege as pessoas vulneráveis da comunidade, alerta Kirsten.
De acordo com os especialistas, o estudo de transmissão furtiva sugere que pode haver cinco ou 10 casos não detectados para cada um que conhecemos.
Então, o que você deve fazer agora? Kirsten ressalta que a higiene ainda é importante: lave as mãos e use álcool gel quando não tiver água e sabão. Mas, na verdade, mantenha-se o mais isolado possível.
“Quanto mais rápido pudermos nos isolar e limitar o contato, mais rápido podemos fazer com que esse vírus desapareça. Mesmo que você não fique gravemente doente, você ainda tem um papel fundamental a desempenhar”, alerta.
from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Criancas/Saude/noticia/2020/03/partir-de-agora-aja-como-se-ja-tivesse-coronavirus.html