“As vivências de parto são intensas e o tempo de elaboração é pessoal. Nos primeiros meses, a mulher precisará lidar com mudanças hormonais, um estado emocional de fragilidade e insegurança, a adaptação, a amamentação e o ritmo de um bebê totalmente dependente e exigente. Viver duas experiências seguidas com essa intensidade, sem ter se recobrado tanto física como emocionalmente, pode ser bastante penoso para a mãe e, consequentemente, para a família. A mãe vai precisar de muita ajuda prática, apoio, organização e disposição para cuidar de ambos os filhos e de si própria. Além disso, os pais precisarão contar com muita flexibilidade e desenvolver a habilidade de lidar com dois filhos, pois, apesar de terem idades próximas, tratam-se de dois seres com temperamentos diferentes, que estarão em fases de desenvolvimento distintas e, portanto, suas necessidades individuais precisarão ser atendidas e satisfeitas de forma personalizada. Pai e mãe precisarão privilegiar momentos individuais com cada um dos filhos, e o casal terá de levar em consideração que, ainda que estejam mais experientes, cuidar de dois exigirá mais tempo, paciência, energia e atenção, o que significa, temporariamente, menos intimidade e lazer. Por isso, o primeiro passo para lidar com a situação é ter uma conversa franca de como se sente em relação ao parceiro, à maternidade e à paternidade.”
Fonte: Maiana Rappaport, da Casa Curumim e da Casa Moara (SP).
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