É totalmente esperado que a cesárea deixe uma marca no corpo para sempre. O problema é quando essa linha, que deveria ser fina e clarear com o passar do tempo, se torna espessa ou escurecida, que pode ser resultado de um pós-operatório que não respeitou o repouso ou fruto da genética. “Asiáticas e negras são as mais predispostas ao queloide – crescimento anormal do tecido de uma cicatriz”, conta a dermatologista Valéria Campos, pós-graduada em laser e dermatologia pela Harvard Medical School. Abaixo, a especialista indica os principais tratamentos para cada caso:
1. QUELOIDE – Resultado da proliferação exagerada de células na tentativa de reparar o corte, deixa a cicatriz muito volumosa, ultrapassando bastante a linha da cesárea. A recomendação é fazer sessões de betaterapia (procedimento que utiliza a energia emitida por elétrons para barrar a multiplicação das células) já no primeiro mês após a cirurgia.
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2. CICATRIZ HIPERTRÓFICA – Acontece pelo mesmo motivo do queloide, a diferença é que a cicatriz respeita o limite da lesão. A indicação é o laser ablativo combinado com o não ablativo, que atua na remodelação local melhorando o aspecto da pele, e deve ser feito a cada 15 dias durante três meses. Pode ser realizado por quem esteja amamentando.
3. ESCURECIMENTO – Para suavizar marcas escuras, dá para recorrer a cremes clareadores, como os à base de hidroquinona. Também é possível fazer sessões de laser, associado à vitamina C, para melhorar o aspecto geral.
Dica de ouro: A sabedoria antiga diz que é preciso deixar os cortes abertos para que sequem mais rapidamente. No entanto, o ideal é justamente o contrário: fechar e comprimir a região do corte. Por isso são indicadas as cintas pós-parto e as tiras de micropore ou silicone, que ao comprimir e fechar a lesão, contribuem para que as células se reproduzam de forma mais saudável, reduzindo as chances da cicatriz hipertrófica ou queloide.
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