O casal de atores Matheus Prestes, 39, e Bia Paganini, 34, já sabiam que a caçula, Maria Lina, estava prestes a nascer. Mas o que eles não imaginavam é que o parto seria muito mais rápido que qualquer expectativa. Bia, que três anos atrás dava à luz Manuel Caetano, num parto pélvico natural após 12 horas de trabalho de parto doloroso e intenso, conta que a gestação inteira mentalizou que dessa vez seria diferente: mesmo que doloroso, o parto seria rápido. O desejo se repetia como um mantra em sua cabeça, ao mesmo tempo em que ela já pressentia que assim seria. O casal, que preza por viver de forma natural, seguiu com essa filosofia de vida também no segundo parto: se a saúde da mãe e do bebê estivessem bem, não teria motivos para não encarar novamente um parto natural. A escolha de parir em casa, apesar de permitir maior conexão com suas raízes, foi uma sugestão da equipe médica, porém, o casal optou por realizar o segundo parto no mesmo local que o primeiro. Uma sala humanizada de um grande hospital de São Paulo. Assim se sentiam mais seguros.
No entanto, no madrugada da última quinta-feira (18) Bia começou a sentir contrações cada vez menos espaçadas, como contou o pai em post no blog Begodverde, em que fala sobre o estilo de vida natural que seguem:
Bi aparece as 2:30 da manhã e me chama. Eu acordo pensando que perdi o horário da faculdade e ela diz: estourou a bolsa! Eu a convido:vamos pra sala assistir uma série amor? Ligamos para Barbara (parteira) e avisamos do estouro.Série na tv e dores pelo corpo. Até agora contração de 10 em 10 minutos. Dores mais agudas,ligo novamente para a parteira e combinamos de nos falarmos as 5 da manhã. As contrações agora acontecem de 3 em 3 minutos. Bi me diz que vai nascer. Alô Barbara? Vai nascer! Bi encostada no sofá começa a emitir sons de um local em que nossa comunicação já não funciona tão bem. Lembro das cenas de parto de filmes e séries e do nascimento de meu primeiro filho. Lavo minhas mãos,pego umas toalhas e fico ali na espera de um bebê que aponta. Parteira chega,faz um toque e solta "já está saindo o cabelinho". Bia força,bebê coroa,cabeça sai nas mãos da parteira, ouço um grito agudo de alguém que acabara de cruzar o portal.Sou convidado a seguir com o parto e receber minha filha. Estico as mãos com uma tempestade no coração que jorra salgada pelos olhos. Seguro Maria que termina de escorregar e a levo até o local mais precioso e seguro do mundo,o colo da mãe. Nos olhamos os 3,nos amamos. Corto o cordão,a pego no colo e olho profundamente em seus olhos e ali me reconheço. Mais uma vez em olhos que não os meus. Seja bem vinda Maria meu amor! De hoje até o fim amores. Amo todos vocês!
"As 2h30 da madrugada estourou a bolsa. Ligamos para a parteira e combinamos de nos falar novamente as 5h00. Não deu tempo. Maria resolveu nascer na sala de casa antes!"
Bia, por sua vez, contou à CRESCER que apesar de estar disposta a encarar novamente o parto natural, estava bem menos tolerante a dor dessa vez: "No ápice da dor cheguei a dizer que nunca mais teria filhos nessa vida. Acho que isso aconteceu porque da primeira vez eu queria muito passar pela experiência do parto. Tudo era novidade para mim, tanto que em nenhum momento cogitei pedir anestesia, mesmo com 12 horas de trabalho de parto. Já dessa vez, com meia hora eu estava pedindo!." Ela também contou que se espantou com a rapidez do parto: "Foi rápido, fantástico, incrível!", descreveu.
from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Gravidez/Parto/noticia/2019/04/estiquei-maos-e-minha-filha-deslizou-sobre-meus-bracos-num-parto-na-sala-de-casa-conta-pai.html