Uma das principais reclamações da população em relação as Unidades Básicas de Saúde (UBS) é o horário de atendimento. Quando um posto abre tarde e fecha cedo, parte da demanda acaba sendo direcionada para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais, que ficam superlotados. Na tentativa de reverter essa situação, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou uma nova medida durante a Marcha dos Prefeitos nesta terça-feira (9), em Brasília. A partir de agora, as unidades que funcionarem 60 ou 75 horas semanais, sem intervalo de almoço e, opcionalmente, aos sábados ou domingos, receberão mais recursos do Governo Federal.
Segundo o ministro, a ideia é possibilitar que as pessoas tenham acesso aos serviços antes e após o horário de trabalho. "É um modelo que funciona bem para todos, cidades pequenas, médias e grandes. Imagina só a situação de uma mulher e marido que começam a trabalhar às 6h da manhã. A esta hora, o posto está fechado. No almoço, porque o funcionamento é de apenas 40h, também está fechado. Na volta para casa, o posto também está fechado, porque o expediente vai só até às 17h, em média. O que resta, então? As UPAS e hospitais, que ficam lotados e é justamente isso que vamos trabalhar para resolver", afirma.
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MAIS RECURSOS
Com isto, unidades que recebiam R$ 21,3 mil para custeio de até três equipes de Saúde da Família receberão cerca de R$ 44,2 mil, caso o gestor opte pela carga horária de 60h semanais – um incremento de 106,7%. Nesse mesmo modelo, caso a unidade possua atendimento em saúde bucal, o aumento pode chegar a 122%, passando de R$ 25,8 mil para R$ 57,6 mil.
Segundo o Ministério da Saúde, os gestores locais de saúde terão autonomia para indicar quais serão as unidades que terão o horário de atendimento ampliado, dentro de critérios estabelecidos e de acordo com a demanda local. A medida também permite mais flexibilidade na organização da Atenção Primária, como carga horária de profissionais da Estratégia Saúde da Família, que poderão trabalhar em escala, intercalando as equipes no atendimento à população.
Além disso, o Governo Federal anunciou que destinará R$ 400 milhões para qualificar e ampliar a rede pública de saúde em 2.026 municípios. Os recursos serão destinados ao fortalecimento dos serviços ofertados, como Academias de Saúde, Unidades Básicas, Saúde Bucal, UPA, entre outros.
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