Quem não sonha em morar em um lugar onde saúde e educação sejam gratuitos e, ainda assim, de qualidade; onde a sensação de segurança seja presente; onde direitos humanos e igualdade de gênero sejam levados à sério; onde não haja desigualdade de renda e os sentimentos de família e felicidade sejam prioridade? Pode até ser utopia, mas saiba que existem lugares no mundo onde esses atributos não são tão distantes da realidade.
Segundo o rankings dos Melhores Países de 2019 - um estudo e modelo usados para pontuar os países desenvolvidos pelo Grupo BAV e The Wharton School da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos -, os países nódicos aparecem em quatro das cinco primeiras colocações. Entenda por que eles estão no topo da lista e são considerados os melhores lugares para se ter filhos.
1º SUÉCIA
Com uma população de 10,1 milhões de pessoas e um PIB de UD $ 538 bilhões, a Suécia ocupa o primeiro lugar na lista. Lá, os pais têm direito a 16 meses de licença parental, sendo o primeiro ano pago a 80% do seu salário. Eles também têm direito a uma mesada infantil de US $ 113 por criança e podem usá-la para compensar o custo da pré-escola. Essa, acredite, custa pouco mais de US $ 21 por mês. Aliás, quase todas as crianças suecas frequentam a pré-escola de 18 meses até o início da educação formal aos 6 anos.
Além disso, se os filhos ficarem doentes e os pais precisarem de uma folga, eles têm direito a continuar recebendo 80% de seu salário. Outro benefício é que pessoas com carrinhos de bebê viajam gratuitamente em ônibus nas principais cidades, incluindo Estocolmo.
2º DINAMARCA
Os dinamarqueses, com 5,8 milhões de habitantes e um PIB de US $ 324,9 bilhões, ocupam a segunda colocação. E não é para menos, eles são "famosos" por seus cuidados e preocupações com os primeiros anos de vida das crianças. O movimento da Forest School, por exemplo, começou lá. Nesse modelo de educação, as crianças passam o tempo ao ar livre, geralmente em bosques, e a ênfase está em brincar com objetos encontrados na natureza em vez de brinquedos comerciais. Entre os benefícios estão melhora na coordenação física e o encorajamento das crianças a serem autossuficientes.
Já as taxas de cuidados infantis na Dinamarca são limitadas a 30% do custo real para infantários, jardins de infância e centros pós-escolares, sendo, normalmente, inferiores a US$ 590 por mês.
3º NORUEGA
Em terceiro no ranking está a Noruega, um país com 5,3 milhões de pessoas e um PIB estimado em US $ 398,8 bilhões. Lá, a licença parental é paga integralmente durante as primeiras 44 semanas. Mas se os pais optarem por estender por mais 10 semanas, recebem 80%. Para encorajar ambos os pais a fazerem o seu papel, eles devem tirar pelo menos seis semanas de licença, caso contrário, podem perder os pagamentos.
Os pais noruegueses ainda têm direito a um subsídio fixo de benefício infantil equivalente a US $ 123, por criança ao mês. Já quem cria o filho sozinho, recebe o valor em dobro. As creches costumam ficar abertas por até 10 horas por dia e cobram, no máximo, US $ 290 por mês.
4º CANADÁ
No Canadá, os funcionários cobertos pelo Código do Trabalho do Canadá têm direito a até 17 semanas de licença-maternidade. Se ambos os pais cuidam de um recém-nascido ou recém-adotado, têm direito a um período combinado de licença parental de não mais do que 63 semanas. Os pais são elegíveis para o seguro de emprego se cumprirem determinados requisitos.
5º FINLÂNDIA
Na Finlândia, assim que um bebê nasce, os pais costumam receber uma caixa conhecida como "baby box" ou "Maternity Package". A prática teve início em 1930 e continua até hoje. É uma espécie de kit contendo roupas, produtos para cuidados e um livro de primeira leitura. O pacote é revisado anualmente e, hoje, possui 64 itens. Os pais costumam usar a famosa caixa de papelão, que se tornou um ícone, como berço para o recém-nascido. O esquema foi emulado globalmente, com a Escócia fazendo algo semelhante e esquemas locais no Canadá e na Malásia.
Mas não é só isso, o país, que possui 5,5 milhões de pessoas e um PIB aproximado de US $ 252 milhões, ainda possui políticas generosas de cuidados infantis. A Finlândia oferece creches universais gratuitas de oito meses até o início da educação formal aos 7 anos de idade. Ou seja, não é toa que ocupa o quinto lugar no ranking de melhores países para se ter filhos.
E O BRASIL?
Ao todo, foram avaliados 80 países. Mas e o Brasil? Segundo o estudo, o país ficou na 27ª posição, isto é, nem bem colocado e nem em uma posição ruim. "O Brasil é um dos principais destinos turísticos do mundo. No entanto, o país, no século 21, enfrenta questões sérias sobre pobreza, desigualdade, governança e meio ambiente", descreve o estudo.
Confira, abaixo, a colocação de alguns dos principais países do mundo:
8º Austrália
12º Reino Unido
13º Alemanha
15º França
16º Espanha
17º Itália
18º Portugal
19º Japão
20º Estados Unidos
30º Argentina
46º Russia
53º China
80º Irã
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