Tuesday, June 29, 2021

Criança fica com quadril deslocado por meses após médico não examiná-la corretamente

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Uma criança ficou meses com o quadril deslocado após uma cirurgia, mesmo após os exames de raio X terem apontado o problema. O caso foi considerado uma violação ao código de direitos dos pacientes por falhas em cuidar de um menor após uma operação. Nesta segunda-feira (28/6), o Representante Adjunto de Saúde e Deficiências, da Nova Zelândia, Kevin Allan, se encontrou com um cirurgião ortopédico e o Conselho de Saúde do Distrito, de Northland, Nova Zelândia, para discutir o assunto. 

Quando o menino tinha 6 meses, seu médico notou uma possível discrepância no comprimento de suas pernas. Dezoito meses depois, a criança começou a mancar e foi diagnosticada com displasia do desenvolvimento do quadril. Segundo informações do site neozelandês, Stuff, logo depois, em novembro de 2017, um cirurgião ortopédico, nomeado apenas como Dr. A, realizou uma cirurgia corretiva no menino e aplicou um gesso do tornozelo à cintura. Após a cirurgia, o médico não fez uma tomografia computadorizada, pois pensou que já tinha visto o exame do menino, devido a casos semelhantes que tinha analisado no mesmo dia.

No entanto, após a operação, o quadril do menino foi deslocado novamente. Nesse tempo, o médico chegou a ver a criança várias vezes para analisar o gesso. O garoto fez novos exames em fevereiro, abril e maio, mas o Dr. A não reconheceu a luxação, apesar dos radiologistas, que revisaram os exames, terem sinalizado mudanças no quadril, disse o relatório. Para Allan, o médico disse que não viu nenhum dos relatórios dos radiologistas. 

Criança com dor (Foto: MIKAEL VAISANEN / GETTY IMAGES)

 

Na época, a mãe do menino chegou a dizer que o filho não estava conseguindo ficar em pé direito, além de ter demorado quatro meses para começar a andar. O Dr. A garantiu a mãe que essa era uma situação normal. 

Após 10 meses da cirurgia, o deslocamento foi reconhecido e o menino foi encaminhado para outro hospital e operado em fevereiro de 2019. Ele ficou com gesso por quatro meses. Segundo o Allan, esse caso destacou a importância dos médicos estarem atentos aos Raios X e ler os relatórios dos radiologistas para investigar questões preocupantes. “Todos esses fatores deveriam ter levado o cirurgião a investigar mais detalhadamente o quadril da criança", disse Alla. 

Após o ocorrido, o médico se desculpou com a família do menino, não apenas por não ter feito o diagnóstico em tempo hábil, mas também pela maneira como interagiu com os pais. “Fiquei profundamente chateado com o resultado de [seu] cuidado e vou levar isso comigo".

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from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Criancas/Saude/noticia/2021/06/crianca-fica-com-quadril-deslocado-por-meses-apos-medico-nao-examina-la-corretamente.html