O Governo de São Paulo decidiu adiar a reabertura das escolas, tanto na rede pública como privada, para 7 de outubro. A previsão era de que o retorno das aulas presenciais acontecesse em 8 de setembro. O novo anúncio foi feito nesta sexta-feira (7), no Palácio dos Bandeirantes.
As aulas estão suspensas desde o dia 23 de março, devido à pandemia do coronavírus. Para avaliar a abertura, o estado utilizou como base às fases de flexibilização do Plano São Paulo. A retomada das aulas presenciais só aconteceria se todas as regiões do estado permanecessem na etapa amarela – a terceira menos restritiva, segundo critérios de capacidade hospitalar e progressão da pandemia – por 28 dias consecutivos.
Segundo o governador João Doria, o estado já tem 86% de sua população em áreas da fase amarela. No entanto, mesmo assim, a Secretaria de Educação, decidiu, por recomendação do Centro de Contingência do Coronavírus, adiar a volta às aulas. Para o Secretário de Educação, Rossiele Soares, essa volta gradual é importante, principalmente, porque a volta de atividades opcionais pode servir de aprendizado para a abertura das escolas em outubro.
COMO VAI FUNCIONAR?
A partir do dia 8 de setembro, as instituições de ensino, que estão na fase amarela por 28 dias consecutivos, poderão reabrir para atividades presenciais opcionais, como reforços e rodas de conversas, priorizando os estudantes com mais necessidade. Poderão fazer essas atividades até 35% dos alunos da educação infantil e ensino fundamental nos anos finais. Já nos anos finais do ensino médio, apenas 20% dos estudantes poderão participar.
Já dia 7 de outubro é a data prevista para o retorno das aulas presenciais curriculares. No entanto, o estado deve estar por 28 dias na fase amarela. As instituições de ensino, assim, devem respeitar o limite de alunos e os protocolos de sanitários. "A volta é essencial, principalmente, para crianças que estão em camadas menos favorecidas", diz o governador. Para a retomada, o estado adquiriu 12 milhões de máscaras e 10 mil totens de álcool gel.
O retorno presencial é um assunto polêmico no Brasil. Alguns pais e educadores se mobilizaram para que não ocorra um retorno neste ano. No entanto, as escolas particulares vêm fazendo pressão para volta, já que acreditam que estão mais preparadas para receber os alunos.
CAPITAL DE SP
"Só abriremos escolas quando a saúde aprovar", diz Bruno Caetano, Secretário Municipal da Educação. O secretário ressalta que antes da retomada das aulas irá entregar 26 novas escolas e que avalia a possibilidade de transferir alunos para escolas particulares, caso seja necessário. Para a retomada das aulas, a capital adquiriu mais de 2 mil máscara e Bruno Caetano afirma que os alunos irão receber um kit com álcool em gel, sabonete, copo e caneca. Para a reabertura das escolas, a cidade irá fazer uma análise dos dados da saúde.
FASES
Os municípios que estão na primeira fase permanecem em isolamento, com apenas serviços essenciais e as indústrias essenciais e não essenciais em funcionamento. Para as cidades que estão na fase dois, já é permitida a abertura, com restrições, de shoppings, comércios, atividades imobiliárias e concessionárias. Em relação aos shoppings, a proposta é que haja um limite de pessoas e redução de horário de funcionamento.
Já nas cidades que estão na terceira fase, os prefeitos poderão fazer uma flexibilização maior. Assim, poderão ser abertos: bares, restaurantes e salões de beleza. Já na fase quatro, acrescenta-se as academias e na quinta e última etapa, os demais serviços, como teatros, cinemas e eventos esportivos.
CASOS
Em seu último boletim, o estado de São Paulo registrou 608 mil casos e 24 mil óbitos. Com relação às taxas de ocupação das UTIs (Unidade de Terapia Intensiva) no estado é de 58,8% e na grande São Paulo 58,1%.
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