Sunday, September 16, 2018

15 dicas de etiqueta para a visita aos recém-nascidos

Pai e filho, mãe e bebê recém-nascida (Foto: Pai e filho, mãe e bebê recém-nascida (Foto: Monkey Business Images / Shutterstock))

 

Você acompanhou de perto a gravidez de sua amiga, prima ou cunhada. Vibrou com a foto do ultrassom nas redes sociais, participou do chá de revelação e até comprou algumas lembrancinhas para o bebê. Sendo assim, é mais do que normal que, ao receber a notícia do nascimento, a primeira reação seja ir diretamente à maternidade, certo? Mais ou menos.

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A chegada de uma criança ao mundo é, claro, motivo de celebração. Mas, com ela, nasce também uma nova família, que precisa se conhecer e se adaptar às mudanças que acontecem bruscamente, mesmo que tenham sido precedidas por nove meses de preparação. Por isso, muitos pais preferem se isolar um pouco nessa fase e limitar as visitas, o que é compreensível, vamos combinar.

Para evitar gafes, confira as dicas a seguir antes de visitar um recém-nascido, seja ele filho da sua melhor amiga ou irmã. Elas foram elaboradas com base na opinião de quem já passou (e muitas vezes sofreu) por isso: as mães.

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Se você for a gestante da vez, que tal compartilhar a reportagem com amigos e familiares nas redes sociais, assim como quem não quer nada? Todos vão entender o recado, acredite.

1. No hospital ou em casa? Pergunte aos pais
Algumas mães preferem receber as visitas ainda no hospital, pela praticidade de poder contar com o suporte das enfermeiras, por não precisar se preocupar com a organização e a limpeza da casa, nem com o que servir. Outras acham os primeiros dias cedo, porque ainda estão conhecendo o bebê e preferem reservar esse momento íntimo apenas para a família. Foi o caso da analista de comércio exterior Priscila Ferraz, 33 anos, mãe de Cecília, 5 meses. “Antes do nascimento, deixei claro para os conhecidos que eu e meu esposo queríamos curtir o pós-parto sozinhos com a bebê”, afirma. “Foram muitas coisas novas, e esse tempo isolados foi essencial para encontrarmos nosso ritmo. Teve gente que reclamou, mas no fim entendeu. Quando ela ficou maior, passamos, então, a receber os demais”, explica.

Assim como ela, uma vez que os pais começarem a tirar de letra os cuidados com o bebê, em geral por volta do segundo ou terceiro mês, eles vão adorar receber visitas. Até para se distraírem, já que ficam muito tempo em casa só com a criança.

Para saber qual é o caso da família que você visitará, não tem segredo: pergunte. Se ela pedir para que você espere, tudo bem. Você terá todo o tempo do mundo para mostrar o seu  amor.Ícone de telefone (Foto: Ícone de telefone (Ilustração: Flaticon))

2. Ligue antes. Sempre
Visitas-surpresa nem sempre são agradáveis. Com um recém-nascido em casa, então, pior ainda. Ligue antes de aparecer e combine com a família o melhor horário.

No começo, o bebê ainda não tem uma rotina definida, especialmente para dormir. Se você tocar a campainha na hora da soneca, pode atrapahar o sono do bebê e um dos poucos momentos de descanso dos pais.

3. Faça uma visita “de médico”
Visitar um recém-nascido significa, sim, que você se importa com ele, com a mãe e com o pai. Porém, para demonstrar gentileza, não precisa ficar horas e horas. O bebê pode ter tido cólica a noite inteira e, muitas vezes, os pais precisam relaxar em vez de fazer sala. Para contornar esse problema, a analista de sistemas Juliana Pretel, 33, mãe de Benício, 10 meses, criou seu próprio horário de visitação. “Recebi muitas pessoas na maternidade, mas, apesar de saber que o hospital permitia visitas até as 22h, eu falava para todo mundo que era só até as 20h”, relembra. “Não tem jeito, chega uma hora que você só quer descansar.” Se os pais pedirem para você ficar mais, vale interpretar se o pedido é real ou se foi feito apenas por educação.

Mãe, pai e bebê recém-nascido na maternidade (Foto: Mãe, pai e bebê recém-nascido na maternidade (Foto: Monkey Business Images e Tatyana Tomsickova / Thinkstock))

4. Coma antes de ir e evite os horários das refeições
Quando nasce um bebê, o dia a dia da família se altera de tal forma que fazer uma refeição completa (sem que esteja fria ao final) representa quase um milagre. Então, evite combinar visitas na hora do almoço ou do jantar. Pois caso você encontre os anfitriões à mesa ao chegar, mesmo que deixe claro que não espera que sirvam nada, eles podem se sentir frustrados por não oferecer algo.

Independentemente do horário, coma antes de fazer a visita. Outra alternativa é levar alguma comida pronta (uma sopa, uma torta salgada ou um bolo...) para oferecer aos pais, que nem sempre têm tempo de cozinhar.

5. Não leve crianças
A secretária Patrícia Gomes, 46, mãe de Murilo, 2, sofreu com as visitas inesperadas de filhos de amigos. “Adoro crianças, mas elas fazem barulho e querem pegar o bebê, quando tudo o que você mais deseja, depois de uma cesárea, é um pouco de sossego”, afirma.

“Acho que faltou um pouco de orientação dos pais aos pequenos antes de irem ao hospital. Eles não tinham ideia das regras dali.” É esperado que as crianças queiram demonstrar afeto ao recém-nascido. Nos primeiros dias, porém, quando ele está mais frágil, leve-as somente se for íntimo da família. Melhor aguardar alguns meses antes de iniciar a convivência – a não ser que seja o irmão, claro!

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Irmão mais velho e bebê recém-nascido na maternidade (Foto: Irmão mais velho e bebê recém-nascido na maternidade (foto: Monkey Business Images e Tatyana Tomsickova / Thinkstock))
Não anuncie o bebê antes dos pais

 

A gente entende que aquele rostinho é muito fofo e que, por isso, a vontade de fazer uma selfie e compartilhar com o mundo é quase incontrolável. Mas segure-se! Só tire fotos e publique se os pais permitirem. E, ainda assim, evite o uso de flashes, que incomodam o bebê.

Logo após sair da cesárea, a psicóloga Ana Azevedo, 33, mãe de Elis, 11 meses, teve um confronto com a sogra por conta disso. “Nem conseguia me mexer direito, quando ela se aproximou querendo me filmar e postar na internet. Foi uma falta de respeito, não permiti. Na hora houve um conflito, mas depois ela se desculpou. Explicou que foi a empolgação do momento e ficou tudo bem.” Anunciar o nascimento nas redes sociais sem autorização, portanto, nem pensar! Essa é uma decisão só dos pais. Já parou para pensar que, se eles não deram a notícia online ainda, é porque buscam privacidade?

6. Não peça para acordar o bebê
Sono de recém-nascido é sagrado... e bastante fracionado também. Isso porque, nesse início da vida, o ciclo circadiano (período de 24 horas pelo qual o nosso corpo se norteia para organizar suas funções) dura de três a quatro horas. É normal, então, que os pais passem dias e noites acordados, esperando o momento em que o bebê fecha os olhos e descansa finalmente. Assim, eles também podem dormir um pouco ou fazer outras atividades. Por isso, se a sua visita coincidiu com a soneca da criança, nem cogite a possibilidade de pedir aos pais que a acordem, ok?

7. Reforce a higiene
A maior parte das mães de recém-nascidos deixa visível às visitas um frasco de álcool gel. Já nos hospitais, os produtos estão dispostos em quase todos os cômodos, salas de espera, corredores… Não é frescura, nem exagero. Se o antisséptico está à disposição, é porque querem que você o use, principalmente antes de pegar o bebê. Não avistou nenhum por perto? Peça licença e lave as mãos com água e sabonete. Tudo pela saúde do bebê.

8. Está gripado? Adie a visita
Esse tópico dispensa explicações, né? Mesmo assim, vamos lá: como o bebê acaba de chegar ao mundo, ainda não tem o sistema imunológico completamente desenvolvido (isolado até então pelo útero da mãe, ele nasce sem bactérias boas para protegê-lo), nem tomou todas as vacinas. “Os primeiros anticorpos [células de defesa do corpo], aliás, ele vai receber da mãe por meio do leite”, diz a pediatra Camila Reibscheid, do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim (SP). Por isso, nos primeiros meses, ele está mais suscetível à ação de vírus e bactérias. E todo cuidado é pouco. Portanto, o melhor é se recuperar totalmente antes de aparecer. A empresária Gabriela Vendrasco, 31, mãe de Maria Luiza, 4, e João Gabriel, 2, sofreu com a imprudência de amigos que estavam gripados ao visitá-la. Na hora, ela e o companheiro não tiveram coragem de pedir para irem embora, apesar de acharem a situação ruim. “Resultado: peguei a pior gripe da minha vida. Além de chorar de dor na área dos pontos da cesárea ao espirrar e tossir, minha filha pegou bronquiolite. A vontade de ser agradável me custou caro”, conta. Já na gravidez do caçula, ela pediu, publicamente, para não receber visitas nos primeiros 45 dias, com exceção dos avós e tios, por recomendação do pediatra. Certíssima, não?

9. Não fume e não use perfumes
O olfato do bebê é muito sensível. Sem falar na possibilidade de ele ter uma série de restrições, ainda não diagnosticadas. Por isso, expor a criança a cheiros desnecessários deve ser evitado. Não fume antes da visita (e muito menos durante) e esqueça os perfumes fortes. Até mesmo em consideração à mãe. A educadora física Higina Eliza, 39, que tem rinite, sofreu com o perfume forte da cunhada. “Como ela pegou o bebê no colo, depois da visita o cheiro ficou na roupa dele e não consegui amamentá-lo por causa dos espirros. Sei que ela não teve a intenção, mas foi horrível”, contou a mãe de Bernardo, de 1 ano.

10. É íntimo? Coloque a mão na massa
Se for próximo do casal, não pense duas vezes e arregace as mangas. Depois de ver o rostinho do bebê e de parabenizar os pais, faça o que puder para ajudá-los em casa. Lavar uma louça, passar uma vassoura no chão, estender a roupa ou deixar uma comidinha pronta são tarefas simples e que se acumulam por conta das novas demandas. Você também pode cuidar do bebê enquanto a mãe toma um banho ou faz uma refeição ou, então, levar o filho mais velho (se for o caso) para um passeio. Acredite: esses serão os melhores presentes que você poderá dar.

Mãe e mão do pai tocando o bebê recém-nascido (Foto: Mãe e mão do pai tocando o bebê recém-nascido (foto: Monkey Business Images e Halfpoint / Thinkstock))

11. Não pegue o bebê, nem o beije, sem a permissão dos pais
Você já reparou no número de objetos em que você encosta as mãos todos os dias? Chaves, paredes, dinheiro, celulares... Enfim, uma infinidade de itens que para nós, adultos, são comuns, mas que, para recém-nascidos desprotegidos, podem ser fontes de vírus e bactérias. E bebês vivem colocando as mãos na boca. Então, evite pegar nos dedinhos do pequeno e também não o beije. Quer pegá-lo no colo? Espere a mãe oferecer.


Ícone de conselho e palpite (Foto: Ícone de conselho e palpite (Ilustração: Flaticon)12. Segure os conselhos e palpites
Tudo o que os novos pais não precisam é de palpites. Principalmente nessas primeiras semanas, quando ainda estão se adaptando ao novo papel e a mãe ainda está sob o efeito da oscilação hormonal, conselhos inconvenientes podem deixar todos irritados, inseguros, tristes... A reação depende do temperamento de cada um.

Para a psicóloga Isabela Mato, 44, mãe de Heitor, 10, os “conselhos” que recebeu de uma amiga a atrapalharam na amamentação. “Enquanto a enfermeira estava me ensinando como colocar o bebê no seio, uma pessoa que nem tinha intimidade comigo sentou ao meu lado e começou a me comparar com outras mães”, conta. “Achei um absurdo, porque cada um é de um jeito. Aquilo me desestabilizou. Só depois aprendi a confiar em mim como mãe e ignorar o que não contribuía”, diz.

A experiência de Isabela é comum, portanto, evite ao máximo frases como “Esse bebê deve estar com fome, por que não dá uma mamadeira logo?”, “Coloque ele no berço, senão vai ficar mal acostumado” ou “Deixa chorar, faz bem para os pulmões”. Cada família é de um jeito, e essa ainda está encontrando o dela.

13. Não ignore o irmão mais velho
Ao encontrar pela primeira vez um bebê pequeno, fica difícil não fixar o olhar nele. Mas é preciso cuidado para não deixar o irmão mais velho de lado nessa situação. De acordo com a psicóloga Daphne Norman, do Hospital Pequeno Príncipe (PR), ele é quem mais precisa de atenção agora. “Com a chegada de um novo membro à família, o primogênito tende a ficar inseguro e com receio de que as pessoas não gostem mais dele da mesma forma”, explica. Em vez de levar um presente apenas ao bebê, que tal comprar uma lembrancinha para o irmão também?

14. Se a casa estiver cheia, volte outro dia
Chegou à casa da nova família e percebeu que eles já estão com visitas? Talvez seja melhor voltar em outra ocasião. Muita gente conversando ao mesmo tempo pode deixar o bebê estressado e, por consequência, os pais também. Há, contudo, algumas famílias que têm preferido organizar uma pequena recepção para que as pessoas conheçam a criança de uma só vez. O encontro costuma ser agendado quando o bebê já tem 3 ou 4 meses. Resumindo, a visita pode até se transformar em festa, mas só se os pais quiserem.

15. Hora de amamentar? Melhor sair
Se perceber que o bebê está reclamando e que talvez seja fome, esse pode ser um sinal de que é momento de se despedir. Algumas mulheres se sentem constrangidas e preferem amamentar de maneira reservada. Principalmente no início, quando muitas não têm tanta prática, elas podem se atrapalhar e ficar inseguras ao oferecer o peito ao filho com “plateia”. Na dúvida, retire-se do ambiente ou vá embora. Em nome do bem-estar do bebê e dos pais, sua curiosidade pode esperar!

Pai segurando bebê recém-nascido e mãe (Foto: Pai segurando bebê recém-nascido e mãe (Foto: Monkey Business Images / Shutterstock))

 

 

 



from Crescer https://revistacrescer.globo.com/noticia/2018/09/15-dicas-de-etiqueta-para-visita-aos-recem-nascidos.html

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