“O que é que tem na sopa do neném?” E no prato das crianças? Segundo a pesquisa da CRESCER, no geral, as escolhas das famílias estão de acordo com as orientações mais recentes do Guia Alimentar para a População Brasileira. A recomendação do documento oficial do Ministério da Saúde é investir no tradicional prato brasileiro, que contempla quatro grupos alimentares: feijões, cereais e tubérculos, carnes e ovos, legumes e verduras.
Cozinhando o arroz e o feijão de cada dia, tudo o que você precisa fazer, então, é variar os ingredientes dos outros grupos. “Um prato saudável tem como base alimentos in natura e minimamente processados, temperados com ervas frescas e pouco sal, e sem ultraprocessados”, afirma a nutricionista e pesquisadora do Nupens Daniela Neri. A especialista exclui esses últimos da lista por serem ricos em sal, açúcar, gorduras, realçadores de sabor e texturizantes – são pouco nutritivos e ainda interferem no paladar.
Ou seja, sempre que possível, o feijão, a carne (vermelha, aves, peixe etc.), o arroz e os demais ingredientes que compõem as refeições da família devem ser preparados em casa. “A comida caseira não brota na mesa. É preciso ir para a cozinha”, reforça Rita Lobo. A turismóloga Anna Cláudia Machado, 37 anos, mãe de Victoria, 10, Nicholas, 9, e Annabella, 6 meses, sabe disso. "Gosto de cozinhar em casa porque sei exatamente a procedência e a qualidade dos ingredientes", conta. "É puxado, por isso, eu e meu marido dividimos a tarefa. Normalmente, a gente prepara o jantar, que é a refeição que fazemos em família, e o que sobrar fica para o almoço do dia seguinte, que faço só para as crianças", explica. Para facilitar, ela cozinha o básico durante a semana, como arroz e feijão, e deixa os pratos mais elaborados para quando o pai está por perto. Já a papinha da bebê, ela faz dois ou três tipos por semana, para evitar que a pequena enjoe, e congela. "Não invento muito. Amamos a nossa comidinha brasileira", diz.
E todo esse esforço é válido, sim. Um cardápio equilibrado e com comida de verdade é a base de um crescimento saudável, não custa lembrar. “A diversidade de nutrientes vai prevenir doenças crônicas, como a obesidade, e diversos tipos de câncer, além de estimular a autonomia para aceitar alimentos novos e fazer boas escolhas no futuro”, explica Daniela.
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