A cada dia aumenta a expectativa para a aprovação de uma vacina eficaz contra o coronavírus. No entanto, ainda pouco se fala sobre testes realizados em crianças e o quão segura uma vacina seria para os pequenos. Tem aumentado também, os grupos de pediatras que defendem o retorno das aulas presenciais, alegando que os riscos para a saúde física não são maiores do que as consequências à saúde mental.
Na última semana, a farmacêutica americana Moderna, umas das empresas que está produzindo vacinas e que aguardam a aprovação do FDA (agência reguladora de medicamoentos dos Estados Unidos), anunciou planos para iniciar os testes de vacinas em crianças entre 12 e 17 anos, segundo a WJBF. “As crianças são frequentemente infectadas e podem sofrer complicações fatais da covid-19”, defendeu a especialista em doenças infecciosas pediátricas do Children's Healthcare de Atlanta, Evan Anderson.
De acordo com os testes clínicos, cerca de 3 mil crianças receberão duas doses das vacinas ao longo de um mês. “O que aconteceria é que, na fase inicial dos estudos, começaríamos com a dose baixa e depois trabalharíamos até a dose adulta se a tolerabilidade inicial existir e, então, lentamente, com o passar do tempo, com crianças cada vez mais jovens”, explicou. Segundo Evan, as crianças precisam ser inscritas no estudo, pois, as hispânicas e afro-americanas correm maior risco de complicações.
Aneesh Mehta, professor de doenças infecciosas da Emory University, disse: “Há um trabalho em andamento para avaliar o quão segura a vacina é em pacientes mais jovens. Existem pacientes mais jovens com menos de 12 anos com covid e gostaríamos de ter algo eficaz para eles também”, defendeu.
Os especialistas em saúde afirmam que o estudo da vacina em crianças fornecerá pistas vitais como quantas doses as crianças precisam, além do quanto as doses precisam ser fortes. O objetivo do estudo da vacina Moderna é ter resultados antes do final de junho de 2022.
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VACINA DA MODERNA
A Moderna informou que planeja disponibilizar entre 100 e 125 milhões de doses do seu imunizante no primeiro trimestre de 2021. Nos EUA, a expectativa é de produzir aproximadamente 20 milhões de doses até o final deste ano. O estudo de fase 3, conhecido como estudo COVE, conduzido pelo laboratório da Moderna envolveu mais de 30 mil participantes e aponta mais de 94% de eficácia.
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