Friday, April 5, 2019

Encontros Crescer: bronquiolite pode trazer graves complicações a bebês prematuros

Rafa Brites contou sobre quando o filho, Rocco, teve bronquiolite (Foto: Leo Orestes)

 

Quando Rocco, 2, tinha apenas um mês de vida, a apresentadora e colunista da CRESCER Rafa Brites, 32, disse ter vivido os piores dias da sua vida. "Foi um susto. Eu sai do hospital com meu filho e tive que voltar pouco tempo depois. Foi muito difícil. Ele ficou em uma encubadora na UTI neonatal, isolado, foi muito pesado", lembrou ela durante o #EncontrosCrescerPrematuridade que aconteceu nesta quarta-feira (3), no Espaço Buticabeira, em São Paulo, em parceria com a Abbvie.

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Rocco não nasceu prematuro, mas o episódio de bronquiolite no primeiro mês de vida marcou a colunista. "Depois disso, eu passei a prestar mais atenção nesse assunto. Eu nunca tinha ouvido falar sobre a bronquiolite. Antes dele nascer, eu queria ser uma mãe desencada, mais tranquila... Mas quando ele saiu da UTI, eu vi que não é frescura passar álcool em gel nas mãos antes de pegar um bebê ou esterelizar a mamadeira. Essas doenças estão aí e a gente precisa cuidar. O ideal é prevenir", afirmou.

A bronquiolite é uma das doenças causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que provoca sintomas semelhantes a de um resfriado. Enquanto adultos e crianças maiores costumam sentir apenas desconfortos como febre, nariz escorrendo e tosse, em crianças menores e, sobretudo, em prematuros, pode se tornar uma infecção grave.

"A bronquiolite acomete todas as crianças, ela não é exclusiva do prematuro. Como é um vírus que tem essa característica sazonal - com maior incidência entre março e julho - 100% das crianças serão expostas ao VSR nos primeiros dois anos de vida, 70% no primeiro ano de vida. Não quer dizer que todas elas serão hospitalizadas, mas o risco maior de problemas e complicações quando o vírus atinge uma criança de termo é um, quando atinge um prematuro, que já tem uma doença no pulmão dele, é outro", explica o pediatra e infectologista Renato Kfouri, que também participou do evento.

O pediatra e infectologista Renato Kfouri no Encontros Crescer (Foto: Leo Orestes)

 

COMO PREVENIR?

Segundo o infectologista, quando o VSR acomete um prematuro, a chance de hospitalização é dezesseis vezes maior se comparado a um bebê a termo. Por isso, os cuidados devem ser redobrados. "Não existe uma vacina para prevenir a bronquiolite, como acontece com a gripe, a coqueluche ou a pneumonia. O que existe é a chamada imunização passiva", diz.

"Quando uma criança recebe uma vacina, ela própria produz os seus anticorpos. Nesse caso, a maior vantagem é que ela fica com esses anticorpos, ou seja, mantém uma memória dessa proteção. No entanto, demora pra fazer efeito e são necessárias duas ou três doses, e o bebê prematuro não pode esperar esse tempo. Então, o que existe hoje é um anticorpo pronto, criado artificialmente. Ele é administrado desde os primeiros dias de vida do prematuro e durante a estação em que o vírus tem maior circulação. Como essa droga é eliminada pelo corpo, a injeção deve ser mensal. Assim, ele vai atravessar esse período protegido", explica o infectologista. A imunização é exclusiva para prematuros, cardiopatas e crianças com doenças pulmonares crônicas.

Outras maneiras de evitar o contágio é evitar locais com aglomerações e contato próximo com crianças doentes, lavar sempre as mãos dele (e as suas) e manter em dia a carteira de vacinação.

 



from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Encontros-Crescer-Prematuridade/noticia/2019/04/encontros-crescer-bronquiolite-pode-trazer-graves-complicacoes-bebes-prematuros.html

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