Marcas de nascença são comuns, a grande maioria benignas e muitas desaparecem sozinhas com o tempo, por isso, a Academia Americana de Pediatria (AAP) demorou para divulgar diretrizes específicas sobre o tema. Porém, em documento publicado neste mês, a AAP deu pela primeira vez recomendações para os médicos lidarem com um tipo específico delas: os hemangiomas infantis.
O hemangioma infantil é mais comum em meninas, gêmeos e prematuros, tendo uma incidência de 5% entre os recém-nascidos. A malformação vascular congênita é causada por alterações de vasos sanguíneos durante o desenvolvimento fetal. De coloração vermelha ou arroxeada, ele é mais presente no rosto, tronco, couro cabeludo e pescoço.
A AAP recomenda que a marca seja examinada o mais rápido possível por um pediatra e que o tratamento comece no primeiro mês de vida, caso necessário, e ressalta que se os procedimentos forem adequados, a chance de evitar complicações são altas. De acordo com a Academia, casos que requerem interferência médica ocorrem quando:
- O hemangioma está muito perto de uma região sensível como olhos e orelhas, o que pode levar a problemas na visão e audição.
- O hemangioma tem fissuras, o que pode levar a sangramento, infecções e cicatrizes.
- O hemangioma está posicionado de uma maneira que não permite o desenvolvimento facial normal da criança ou pode causar uma mudança permanente na pele.
Em outras situações, o hemangioma elevado costuma desaparecer sozinho conforme a criança cresce sem deixar nenhum tipo de sequela. Ele é o tipo mais frequente e costuma surgir alguns dias após o parto, aumenta de tamanho ao longo do primeiro ano e depois regride mesmo sem qualquer intervenção médica. Já o hemangioma plano ocorre devido a alterações vasculares e, antigamente, era conhecido por “mancha salmão” ou “mancha vinho do porto”, dependendo da aparência. Está presente desde o nascimento, podendo ou não aumentar de tamanho e geralmente não regride.
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