Meu filho de 1 ano e 8 meses adora (e come) queijo todos os dias. Pode ser prejudicial?
Christina Zeferino, via Instagram
A princípio, esse hábito não é um problema para as crianças pequenas. Mas há algumas questões a considerar. A primeira delas é garantir que o queijo não seja o primeiro laticínio apresentado na introdução alimentar – o ideal é que ela já tenha passado pelo aleitamento materno exclusivo por seis meses, depois por um leite mais simples, como o de vaca (integral, de preferência). Aí, sim, é possível entrar, aos poucos, no mundo dos queijos.
O minas fresco é o tipo mais indicado para o cardápio de crianças dessa idade, não só por ser menos processado, mas também porque tem pouco sal e gordura – e, além disso, é fácil de encontrar. Vale observar a procedência: deve ser embalado em plástico e ter o carimbo com a autorização de comercialização do Ministério da Agricultura (que garante que a empresa segue as orientações de segurança alimentar durante a produção e distribuição). Outras opções são o cottage e a ricota, que ficam ótimos em preparações (veja ideias abaixo).
Agora, não confunda os queijos brancos frescos com aqueles cremosos que vêm embalados em porções individuais. Esses últimos, como duram muitos dias longe da geladeira, contêm mais ingredientes químicos em sua composição. Ou seja, são alimentos ultraprocessados e, por isso, devem ser evitados ao máximo. Já o queijo minas, que é branquinho, vai formando água e amarelando conforme os dias passam.
E os outros? Camembert, brie, gorgonzola, são muitos… Pode? Sim, mas só a partir dos 2 anos, e sempre observando se ele causou alguma reação, como gases, diarreia ou constipação. Se nada disso aparecer, e a criança estiver comendo outros alimentos normalmente, não há problema em consumi-los.
LIILIANE OPPERMANN é nutróloga, diretora da clínica e Spa Opper Life (SP) e mãe de luiza, 16, livia, 7, e lara, 6. também é autora de mind detox. mande sua dúvida para: crescer@edglobo.com.br
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